Estrelas nunca sabem as respostas,
Confiam que os amantes devam tê-las,
Se a ti dissimularam com propostas,
És tolo, bem mais tolo por não vê-las.
Sugaste do meu seio teu nirvana,
Bebeste desta boca toda a fonte,
Choraste no sorriso que te engana,
Rasgaste o amanhã no horizonte.
E imerso na paixão que mal me vês,
Rimavas teus senões com o meu talvez,
Com olhos bem mais cegos que a justiça.
E embora entre juras fosses meu,
Amor tão declamado já morreu,
Sobrando apenas cinzas pela brisa.
Lílian Maial |