Era ele que estava ali.
Na realidade, eu não sabia quem era ele,
mas estava ali,
visivelmente ali,
iniludivelmente ali.
E eu não pude fugir ao fato de ele estar ali.
Depois tudo passou.
A Morte apagou tudo e ele permaneceu ali.
Chovia e a água escorria pela pia,
o vento enrolava-se nos cachos de cabelo negro,
os respingos assustavam-me, medroso,
e tudo era alegria.
No fim, chegou o fim
e eu não pude saber por quê.
25.12.59.
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