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| Poesias-->Não sei ser isento -- 10/03/2002 - 20:15 (BELGA) |
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Não sei ser isento
Sofro cada pedaço do existir
Não como dor inerente
É apenas a angústia de viver
Mas não pense que é assim...
O que falo ninguém entende
Também não adiantaria entender
Sofro o pasmo do parto existencial
Um ser jogado no mundo
Nada, realmente nada, justifica o mal
Porém prossigamos na divagação
Quero me conhecer um pouco mais
Me ajude, preciso desvendar-me no mundo
Mesmo sem saber exato o que é “mundo”.
Mundo que um dia pensei ser eu
Desculpe meu ignorante narcisismo
Pois humildemente me recolho alegre
E agora é o suficiente a entender
Esta felicidade enfadonha do cotidiano
Afinal a ele pertencemos incógnitos...
Sujeitos da própria dúvida.
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