Usina de Letras
Usina de Letras
143 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50618)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140802)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Êxtase -- 03/10/2001 - 12:02 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


No Chile há muitos poetas. Não conseguia, eu, compreender o motivo de tal concentração, até quando, num hotel de Santiago, onde a janela abria-se, despudoradamente, para a magnitude das Cordilheiras, entendi! Envolvida por certa magia e estranha fantasia,consegui descobrir no perene espetáculo, a abundância da fonte de onde flui a inspiração do chileno. Aí não tive saída, vigiando minha respiração, que já pressentia ofegante, larguei-me a escrever, olhando pela janela, como se mirasse um quadro revelador das fronteiras do alumbramento e do limiar da alucinação.



Cordilheira



Pós- sinto as pegadas dos deuses (latinos?) pousando os pés divinos sobre terras elevadas, virgens meninas despenteadas. Se uns o fizeram sutilmente, outros calcaram, de forma tal, o chão, que o viram, entre um passo e outro, subir em altos picos, em duros bicos.



Meus olhos vagam pelo espaço alongado, recortado , sinuoso... Galgam íngremes montanhas e, vertiginosamente, despencam em quedas livres e fatais. Depois, dão-se a escorregar e deslizar em pisos lisos, ou, a rastejar, arranhando-se na aspereza da textura visual.



Quando, dos anjos meninos, o sopro cálido derreter o frio espesso e alvo que se moverá, graciosamente, sobre a austeridade do marrom, meu ser todo frágil, tolo e perplexo, suspirará ante o imensurável espetáculo do perpétuo bolo achocolatado coberto por um branco e absurdo glacê, que lindamente escorrerá desenhos abstratos e fantásticos, jamais consumidos por simples mortais.



Às vezes os Deuses sabem ser cruéis! Muitos deles zombam da impotência dos homens. Outros lhes testam o tamanho do conformismo. Nem tudo que fartamente lhes expõem aos olhos, facilmente lhes dispõem às mãos.



Maria da Graça Almeida







Maria da Graça Almeida



ma.gla@uol.com.br

texto publicado Antologia Lira de bronze

e na revista Fresta







































































Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui