Em geral, quem coloca vinte poemas seguidos nesse
sáite (ou será sítio?) sofre de incontinência poética. A coisa vai saindo assim, sem muita mediação, como se faz xixi. Quando disse isso a ZPA, ele me respondeu: "mas tem gente dando um mijão na Usina!" Concordo, gosto daqueles que já falei, o Tchello, o próprio ZPA, o Jônatas, o Gabriel Eckmann, o próprio Ayra On, o nosso Maldoror eletrônico, gostei daquela experiência reticente do Elpídio, gosto do fetiche de Djony com cigarro, que é poético, mas é escrito em forma de prosa. Faz lembrar Michel Houellebec, poeta e provocateur francês que lançou Plateforme, livro falando do turismo sexual na Tailândia. No "livroclip" que vi na TV5, Houellebec mostrava fumar e beber como um iniciado, além de ter ido passear pelas boates tailandesas cheias de belas orientais seminuas (a convite da TV?)
Mas, finalizando e pegando o gancho de Lucas Alencar: está para surgir um novo tipo de radicalismo poético pós-WTC: depois que acabaram com o soneto, o verso e aboliram a palavra, pode chegar um vanguardista "Hard" matando poetas.
|