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Artigos-->Vale a Pena Ler de Novo -- 09/11/2004 - 10:55 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O Exterminador do Futuro

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Sou o super-homem moderno. Sou como o antigo morcego. A diferença é o que bebo. Gosto de sangue vermelho. Embora o meu seja azul. Mas prefiro o petróleo. Faz frio aqui nesta terra. E quem tiver eu imploro. Nesse lugar onde moro. Temos mil aquecedores. Milhares de cobertores. Que dependem da energia. Movida a gás de cozinha. A querosene ou gasolina. Ao petróleo, eu diria.



E devo muitos favores. A todos os eleitores. A todos que me elegeram. De quem eu já recebi. Inteira e total confiança. São votos de esperança. Levar adiante a missão. De combate ao terrorismo. De combate ao comunismo. Sem assustar o cidadão. Sem atacar o turismo. Sentado nesta cadeira. Que nem todos podem sentar. É a minha opinião. É ter o mundo nas mãos. Dá muito o que pensar. Não dá nem para dormir. Não se pode relaxar.



Talvez ninguém acredite. Mas sou um homem tranqüilo. Pode parecer desculpa. Mas tenho boa intenção. Quando eu falo em combater. Há muito já decidi. Pelo lado da invasão. Já dei o exemplo recente. Lá no Afeganistão. A coisa lá acabou. Todo mundo foi embora. Só a esperança ficou. Quem morreu, se mereceu. Ou se morreu, sem merecer. É preciso não esquecer. A guerra tem dessas coisas. Não se pode esmorecer. Chegou a vez do Iraque. Não adianta correr. O Bin Laden já correu. Por isso mudei de local. A festa será de arromba. Verdadeiro carnaval.



É o começo da festa. A festa da liberdade. E para quem já reclama. Deixo a pergunta no ar. Por que votaram em mim? Sem exigir comprovante? Atestado de fraqueza? Atestado de pobreza? De espírito e tudo o mais. Sem qualquer atenuante. Mas repleto de agravante.



Eu sou o maluco beleza. O mundo não vai esquecer. Vou vingar meu pai sofrido. Há tempos foi constrangido. A guerra não vou perder. Agora vai ser diferente. Vou atacar sem surpresa. Há tempos eu dou o recado. Sou jovem e independente. Sou também maior de idade. Vacinado contra tudo. Alergia e resfriado. Guerra química não me assusta. Uso máscara de defesa. Estou sempre mascarado. E sou muito preparado.



Não vou ouvir mais conselho. Seja que conselho for. Venha de onde vier. Da ONU ou das estrelas. Não ligo pra opinião. Estou sempre com a razão. Vou tomar conta do mundo. Ou não me chamo Raimundo. Como diz o meu parceiro. O grande e saudoso poeta. Do chão de ferro, o mineiro. De Itabira, o brasileiro. O Carlos D. de Andrade. Aquele que encontrava pedras. No meio do seu caminho. Por onde ele passava.



Grito SHAZAN para os céus. Transformo-me em capitão. Sou o Capitão Marvel. O Fantasma e o Morcego. Bat Man e Robin Hood. Gibis antigo a granel. Do tempo do Hortelino. Aquele que troca a letra. Do Frajola e coisa e tal. Sou mocinho e vilão. Gosto de ouvir música. Mas não toco violão. Sou muito desafinado.Mas só tenho um reinado. Sou o rei da invasão.



Fui homem de cavalaria. Texano e realista. Gosto da infantaria. Na terra eu abro estrada. Faço a pista e o buraco. E a coisa é jorrada. Vou expandir meu império. Apesar do impropério. Os fins justificam os meios. Assim disseram pra mim. Não há nada mais sincero. Iraque, meu bom Iraque. Está chegando o seu fim. Antes que só e muito mal. Muito mal acompanhado. Saddam abusou de mim. Por isso foi condenado. Bem antes do resultado. De toda aquela inspeção. Expulsar Saddam Hussein. Já virou obsessão.



Já decidi a respeito. Juntei todos os cartuchos. Armas de precisão. Tenho balas de canhão. Fuzileiros de montão. Centenas de marinheiros. E também, porta-avião. Vão cuidar da invasão. Aviso aos inconformados. Não adianta gestão. Está tudo dominado. Essa é a nova lição. Quem quer paz que se prepare. Faça a guerra de antemão. Mesmo sem a premissa. De esperar a provocação. Não tenho nada com isto. Não penso, logo inexisto. Sou o rei da confusão.



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