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Artigos-->Essa Carga Não Levo -- 08/11/2004 - 08:51 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Antes,meu caminho era feito

de parábolas, de mesclas

de feitos impossíveis,

de pérolas mágicas. Antes de

ser já procurava meu caminho.

E meu caminho estava lá.

Mas há de ser!Há de vê-lo!

Mas omisso estava, como os bondes

esperando donzelas prá bater

no rosado na face,

o vento morno da tarde.

Há de ser!

Confabulavam,adendos, os deuses

de todos os mundos.

E fui criado sendo gente,

procurado, mas feito de crianças,

mesclado, mas consciente

das perdas e das glórias batidas.

Antes, meu caminho

era feito e adornado de

luzes tão passageiras

como o vento.

Hoje, disperso no meio das trilhas da

multidão que não se calcula,

nem lá se facilita,

me confundo no meio de passos

e rumores.

Todos correm prá algum lugar,

mas vejo poucos correrem prá dentro

de si mesmos.

Certamente não tem jardins!

Digo ao povo - certamente vocês

não tem jardim!

Moram em pedra sobre pedra,

e só calculam o tamanho da flor,

mas não sabem acariciá-la e fazê-la

dona de si própria,

dona de todos os espíritos!

Me confundo quando falo com

as pessoas. Não sei de minhas

incertezas, mas elas existem,

como dizem - existe o pó e a luz.

Mas nada disso sou chegado.

Foi apenas um pensamento em vão,

ao cruzar pela multidão que me desconhece,

tanto que mal dá prá vislumbrar minha

sombra.

Até da luz se escondem.

Feliz deles!

Feliz por não se conhecerem.

Má sorte minha: fui descobrir

a beleza e nunca mais dela

me desgrudei.

Me untou mágia.

Hoje não sei dizer se sou eu

ou parte de mim

que é iluminado, que só se descobre

na meia parte da vida:

- aquela do meio do filme meio ronzo - .

É, agora estou descobrindo.

Sinto que estou descobrindo!Mas, ora!

Descobrindo o quê?

O que os outros já sabem?

E escondem o milagre em seus

bolsos e alpendres de cetim?

Se for buscar, sou sozinho.

E quem vier atrás de mim

também é mágico,alcóolatra

e vive de ilusionismo.

E salve a rainha!

Porque esta carga não levo não.

Quem leva rainha é o rei.

Eu levo minha marmita

no meio da multidão.

E sou saudado quando

sou alvitre dono de aves e flores.

Os homens? Bem, eles poucos

me conhecem, mas se pudessem tirar

de seus caminhos, eles tiravam.

Isso eles faziam.

De que valia tem um saco de

farinha,alento, e sem ar?

Hoje sou rosco de farinha

moro na vila dos vinténs.

Sou pobre por natureza.

E no único mlagre que acredito

é que ele possa existir!
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