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Cartas-->Carta ao companheiro Denison -- 07/04/2002 - 17:29 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estava arrumando uma parte de meus livros mais antigos e, por coincidência, antes do almoço, começava a folhear alguns deles quando, de repente, no livro História, Cultura & Liberdade,Livraria José Olympio Editora, deparei-me com uma opinião de Carlos Drummond de Andrade, sobre o mineiro, também de Itabira, Luís Camillo de Oliveira Netto, assunto principal do livro, e grande amigo do saudoso poeta. No texto, Drummond assim se expressava:

“Uma das contingências da amizade, na era industrial, consiste em sobreviver sem o alimento do convívio. Bastam que sejam diferentes os tipos de ocupação, e se separam aqueles que, por afinidade, mais se sentiam e se desejavam unidos. Vivendo na mesma cidade, é como se habitassem planetas distantes, em que o traço comum talvez seja apenas a igual nostalgia daqueles terrenos férteis onde a amizade floresce à margem de obrigações civis e cuidados econômicos. Se o vínculo entre os amigos resiste a essa proa de isolamento, embora se encarquilhem alguns aspectos exteriores da relação ideal, esta parece até ganhar, na sua nudez, o caráter de coisa liberta do tempo. E à mingua de presença física, uma outra, contínua e implícita, absorve os nossos silêncios .Não sei se escrevo estas palavras para me consolar de não ter freqüentado bastante Luís Camillo nos últimos anos de sua vida, ou antes de sua morte. Para me consolar ou para me censurar. Porque receio que esta concepção da amizade seja, no fundo,.apenas a justificativa pouco convincente de uma debilidade, de uma omissão, de um erro”.

Esta a razão de minha surpresa ao abrir o “Quadro de Avisos”, hoje. Pude ver, embora com palavras e caminhos diferentes, mas igual competência, o companheiro usineiro falar da amizade com a mesma força com que o nosso grande e saudoso poeta Drummond o fez, em setembro de 1953, quando talvez o amigo nem tivesse ainda nascido. A coincidência, no entanto, serve, agora, de parâmetro para ratificar, e de certa forma, justificar os elogios que ora encaminho ao colega Denison, pelo excelente conteúdo do seu texto. Parabéns!

Domingos Oliveira Medeiros
07 de abril de 2002
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