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Artigos-->O mito do Sol -- 03/11/2004 - 15:37 (Paulo Milhomens) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A sinergia provocada pelos sábios na humanidade não funciona tão simplesmente. Os tempos mudam, verdade são quebradas, outras aparecem. Sim, concordo, o que aconteceu há um segundo não permanece estático. A velocidade está condicionada à propagação energética. Luz provoca ondas no espaço ( algumas vistas no espaço cósmico, outras não ), tudo volta ao fluído cósmico universal. Gilberto Gil já cantava: “Beira do mar, lugar comum, começo do caminhar pra beira de outro lugar. O mesmo lugar, onde tudo sai e tudo volta”. O futuro ministro ainda sonhava voltar para a amada Bahia, curar a anemia do irmão Caetano, mas os tempos mudaram radicalmente ( alguns dizem que não! ) abaixo da linha do Equador. O leitor deve estar se perguntando onde quero chegar, digo que ele não deveria pensar nisso. Não é o motivo principal, entende? Sabe a causa dos seres humanos serem tão fundamentalmente burros em suas culturas? Porque nunca olharam o céu. Todo mundo jura que as estrelas são idênticas, mas não são. Você só consegue enxergar aqui da Terra, pequenos reflexos de suas explosões galácticas. Sua posição no universo – que segundo Einstein é finito e côncavo – converge com a rebeldia de outros astros. As estrelas pariram cometas, que absorvem poeira das mais variadas radiações estelares. Então meu caro, entenda que as estrelas são individualistas mesmo. Na Via-Láctea é o Sol, astro amarelo ( que deu poderes absurdos ao Super-homem ) e fonte de vida no planeta. Saiba que o Sol não é o umbigo do universo, é tão somente um grão de areia, fininho, que julgamos idílico e lendário. Os Maias e os Astecas amavam tanto o Sol quanto a si mesmos. Estes povos são inesquecíveis por sua punjança espiritual, simples e verdadeira. Amavam as sementes do milho, as folhas, a miósotis, a água. Até aqui a ligação é perfeita quando culturas meso-americanas e asiáticas viram nos corpos celestes a essência do espírito. Quanto ao ocidente?



No processo que compreende a Revolução Francesa, o povo deixou de acreditar no Sol, pois o rei era o Sol. Quando Luís XVI foi decapitado na guilhotina com suas pernas tremendo e cagando-se todo em praça pública, a relação do povo com o monarca taumaturgo entrou em decomposição. Durante um longo período na Idade Média, estes homens foram tidos como seres divinos, curavam a lepra do doentes. A dinâmica cultural mudou muito ( lá no oriente também! ), os chineses já tomam Coca-Cola, existe McDonalds em Xangai e Pequim. A lenda foi virando matéria e o espaço se perdendo... Matéria viva é extorquida nas entranhas do homem pelo homem. Hoje em dia, a relação de coexistência entre Deus e matéria tornou-se um grande abismo. A crise existencial entre os seres humanos é cotidiana, corriqueira. Aprendemos a matar o próximo e cada vez mais justificamos nosso suicídio à prestação, pagando altos impostos, consumindo mais e vivendo menos. Todos, isso mesmo: ateus, protestantes, católicos, desconfiados, etc. E isso é uma grande piada, ou como diria Hamlet ( aliás, tudo se volta ao príncipe dinamarquês ), a escolha é necessária: ver a luz do Sol ou entregar-se a escuridão? Continuar tentando ou acabar com tudo isso?



Fernando Pessoa com seus heterônimos psíquicos já dizia que “navegar é preciso, viver não é preciso”. Isso significa que a existência não é um campo linear, retilínio como a estrada da felicidade. Ela custa duras penas. Atirar-se ao mar seria a saga das tempestades, maremotos, ilhas portuárias incontáveis e minúsculas... Um caminho mais difícil. Deve ser côncava, segundo a relatividade cósmica em Einstein. Se queres paz, te prepara para a guerra. A guerra está em nós.





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