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Cordel-->Poesia popular de Ederjofre -- 03/10/2002 - 18:31 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Resenha do livro : Nordeste a fora: autor Ederjofre Araújo: Campina Grande [s.n.] 1996: 58p: Apresentação I: de Geraldo Batista; Apresentação II: de Joaci de Oliveira.
Por: Socorro Cardoso Xavier

Ederjofre (Ederjofre Araújo de Lima) é um jovem paraibano, nascido (14 de março de 1975) em Boa Vista-Pb, radicado em Campina Grande. estreou-se com o livro Coração nordestino. Agora, lança Nordeste a fora, seu segundo livro, que é uma voz autêntica do sertanejo que luta para permanecer no seu habitat. Mesmo partindo para a cidade de “dotô”, não esquece: de seu torrão árido porém gostoso; da panela de barro; do xerém com leite; do pote d’agua da cacimba; do riacho; do vaqueiro montado no seu cavalo a aboiar para juntar o gado; das roças de milho e feijão, quando chove, verdinhas.
Os poemas Deixe eu ficar no campo”, História de um trovador e Aventuras de um lavrador são sínteses da temática absorvedora do livro – é um canto só, uma petição de nordestino, na qual pleiteia ficar na sua terra. Semioticamente, o texto nos transporta àquela música de Luiz Gonzaga, que assim fala: “só deixo meu cariri/, no último pau-de-arara”. A presença humana do vaqueiro lembra a composição musical “disparada”, de Geraldo Vandré.
Emerge uma força lírico-épica do seu imaginário popular, onde é ressaltada a ecologia, a pureza da vida simples, a beleza natural, os valores morais da vida campesina. O autor orgulha-se de sua origem: “Sou sertanejo sim e daí?”Trás dentro do peito a saudade e, na memória, as lembranças telúricas como leal sertanejo. É um glosador das coisas nordestinas, enaltecendo-as.
O tema central do seu livro gira em torno do sertão do sertão nordestino, a vida matuta, seu clima humano-ecológico-psicológico. A força pujante de seus poemas provém de encantamento e cumplicidade com a natureza. O amor aparece como pólo irradiador de sua criação poética, numa estreita relação psicodinâmica.
A estrutura em geral dos poemas assemelha-se ao repente. É a poesia matuta sertaneja rimada ou num ritmo de cantoria de viola com seus vícios de linguagem, típicos do falar sertanejo. Há algumas quadras, algumas estrofes, com tentativa de sextilha, de pé quebrado, portanto sem perfeição métrica. Não obstante, as falhas gramaticais dos seus versos, comuns aos poetas iniciantes, muito empolgados com o conteúdo e não com a forma, são suplantadas ante à autenticidade do sentimento de corajoso sertanejo, sequioso de gritar ao Brasil, que existe esta terra tão bela, carente e discriminada, que é o Nordeste.
Com exceção dos poemas: De amigo para amiga, enchendo a bola, Apelo, Cego pra casar, Cruz pesada, O poeta e o cantor, Minha Lelê, Última mesa – que trazem a marca intimista, existencial de amor, os demais se constituem numa ode à natureza e à vida nordestina, pugna de sertanejo para sobreviver com honra, embora arduamente.
O autor intercala pequenos textos em prosa, contendo passagens de sua vida, experiências pessoais, tais como o “conto da bananeira”, simbólico episódio – uma apologia ecológica.


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