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Artigos-->O PT DERROTA MARTA EM SÃO PAULO -- 01/11/2004 - 16:05 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O PT DERROTA MARTA EM SÃO PAULO





Filemon F. Martins







É preciso reconhecer, de início, que a atuação da prefeita Marta Suplicy (PT) à frente da Prefeitura do Município de São Paulo teve muitos aspectos importantes e positivos, especialmente na periferia da cidade, onde a população é carente e quase sempre foi esquecida por outras administrações que passaram pelo Palácio das Indústrias. Por que, então, Marta não se reelegeu ?

É necessário lembrar também de alguns pontos negativos que, certamente, influenciaram o eleitor na hora do voto, entre outros, a criação desnecessária de taxas, onerando ainda mais o contribuinte e trabalhador, caracterizando bitributação, como é o caso da taxa de lixo e da luz. Criação de cargos sem concurso público, (segundo o jornal Folha de S. Paulo, foram criados 465 para as subprefeituras e 450 para os CEUs, totalizando 915). Pecou também no tratamento dado à Saúde Pública, nestes quatro anos, no Município de São Paulo, tentando agora na reta final, através da propaganda política, reverter a situação de calamidade que continua desde a época do ex-prefeito Paulo Maluf.

Mas, convenhamos, além das questões locais, o principal fator que derrotou o PT em São Paulo foi a política equivocada, retrógrada e recessiva adotada pelo partido de Lula e sua equipe, no governo federal. É fácil enumerar algumas decisões que deixaram os eleitores desapontados com a política petista: manutenção e aumento da CPMF, criada na gestão de FHC para socorrer a saúde, mas que até hoje, sabe-se, nunca viu um centavo; congelamento da alíquota do Imposto de Renda, aumento da carga tributária, em prejuízo dos trabalhadores, inibindo o crescimento e a geração de empregos; taxação de inativos, reduzindo salários e desrespeitando idosos, como fez o ministro Ricardo Berzoini.

Além do mais, dobrar-se aos banqueiros e capitalistas pode satisfazer a Antonio Palocci, Henrique Meireles, José Genoino e José Dirceu, mas nunca ao povo que desejava mais investimentos na Saúde, Educação, Segurança e Transportes, incluindo manutenção das estradas brasileiras. Pouco adiantou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci entrar na jogada fazendo propaganda na área da Saúde. Perdeu, inclusive, em Ribeirão Preto, onde foi prefeito. Não fizeram sucesso também as aparições do senador Aloízio Mercadante no horário político do PT e menos ainda os discursos do presidente Lula em favor de sua candidata à reeleição, Marta Suplicy, do PT. Ora, perguntamos nós: Se podia ser feito, se havia verba, por que não se fez antes ?

A derrota do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, traz-nos à lembrança o que aconteceu no passado com o PMDB, quando elegeu 21 governadores de Estado, mas fez uma administração, no mínimo, fraca e ineficiente. Uma boa administração se faz com menos propaganda e mais realizações. Assim, o projeto de poder pretendido por Lula e sua equipe, fica adiado, pelo menos por enquanto, e mostra que o eleitor está cada vez mais consciente e responsável no que diz respeito à Dignidade, Coerência e Ética na política.

Num artigo datado de 26 de agosto de 2003, intitulado FUTURO SOMBRIO, inserido no site www.usinadeletras.com.br escrevi sobre o PT: “Criou-se, então, uma situação insólita: a cúpula do PT faz uma coisa e a maioria dos seus filiados querem outra. E querem, com justiça, o que foi pregado, o que foi defendido, o que foi programado. Querem Dignidade. Querem Coerência. Não há conciliação. A separação parece ser definitiva. Posso estar enganado, mas a esta altura do campeonato, entendo que nem Lula nem o PT têm mais credibilidade junto aos eleitores. A eleição para prefeito na cidade de São Paulo, logo, logo, dirá se tenho razão ou não. É só esperar. Uma questão de tempo”.

Não é exagero afirmar que não houve mérito do PSDB, porque a equipe de Lula se encarregou de derrotar a prefeita Marta, em São Paulo. A partir de Janeiro de 2005, o PSDB, que já detém o Palácio dos Bandeirantes, terá mais uma oportunidade de fazer uma boa administração na cidade de São Paulo, no Palácio das Indústrias e poderá pensar, obviamente, nas eleições presidenciais de 2006, quando o encanto do PT já terá desaparecido levando junto a arrogância e a prepotência de alguns ministros do Partido dos Trabalhadores.





filemon.martins@uol.com.br

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