A Reta
(Ricardo França)
A coluna vertebral de Teresópolis
Sofre de lordose, escoriose, é tortinha
Coitadinha da Retinha
Que começa no Soberbo, sai no Alto, aristocrático,
Cai na Fazendinha,
E termina bem na Várzea
A tal Reta, nem tão Reta, meio torta
É importante!
Pela Reta passa rico, passa pobre
E viajante.
Pela Reta passa a vida
Em mão dupla, incessante.
Uma Reta quatro nomes
Quatro nomes tem a reta,
Que já nasce no Portal
Avenida Rotariana,
Depois muda a fulana
Para Avenida Oliveira Botelho
(Nesse mato tem coelho!
Pois a Reta, em meio as flores,
Só tem nome de doutores!)
O nome da Reta agora é
Avenida Alberto Torres.
Em frente da Casa Rosa
(Ou Palácio Teresa Cristina)
Adivinha o nome qual é?
Avenida Feliciano Sodré!
E lá na frente, lá na beira
Chegamos finalmente,
na Avenida Lúcio Meira.
Em meio aos nomes que exponho
Estão a Granja Comary, a CBF,
A Feso/Pró-Arte, a Feirarte,
É beleza por toda parte
Mistura de natureza, fé e sonho.
No cenário que componho
Existe ainda a Fonte Judith
E a Igreja de Santo Antônio.
A Reta também ensina:
Em sua calçada foi construída
A Faculdade de Medicina,
Que nasceu de um ideal
Da Fundação Educacional.
Bem pertinho, lá no alto,
Longe da Reta e do asfalto,
- Mas vigilante, olhando tudo -
Está a Colina do Mirante.
Bem no Centro comercial,
Já no centro da cidade,
Avistamos a Praça Olímpica
E o Rio Paquequer,
Tudo isso está na Reta,
Só não vê quem não quer.
Mais adiante, em estilo elegante,
Vemos o Teresópolis Golf Club
E a Cascata do Imbuí.
Para chegar lá, há de se passar pela Reta,
Em todo o lugar a Reta está.
Todos os caminhos passam por ela,
Por isso é que é tortinha, a Retinha.
Há quem diga que o Dedos de Deus,
Do seu altar, na Serra dos Órgãos,
Deveria apontar para a Reta
Pois a Reta merece maior reverência e iluminação pública e divinal.
Não há gente daqui que nunca tenha passado por ela,
Andado para lá e para cá, namorado,
andado de bicicleta e etcetara e tal.
A Reta é coisa muito importante, uma via diferente.
Avenida de 10 quilômetros, que tem quatro nomes de gente.
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