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Poesias-->PAREDES DE CHUMBO -- 08/03/2002 - 12:43 (Ricardo França de Gusmão) |
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PAREDES DE CHUMBO
(Ricardo França)
Tudo é política.
Tudo é psicológico.
Todo desejo de amor é utópico
e existe a escarlatina sim.
Meu amor carece de vitamina B.
Etiópia é aqui entre eu e você.
Proteína só na TV a cores onde as dores são mais caracterizadas.
Tem vez que aparece um ditador dando risadas,
outra um menino rico com a face corada.
As palavras estão duras de bactérias
e fazer amor só com o carimbo do Ministério da Saúde.
Ele perdeu o emprego numa atitude histérica,
culpou a sociedade burguesa e se transformou
na guerrilheira Érica.
O menino faleceu sobre um prato de nhoc.
Seu mal principal era um bacilo de Koch.
O espirro nasce da poeira, da radioatividade ou do vírus.
Fábricas defecam nas águas dos rios
toda a bondade de seus produtos (n)e(r)ológicos.
O beijo não é mais contato de lábios - carícia.
É o produto de mandíbulas que atritam seus malares.
Anoiteceu petróleo superfície mares
e míssil F-16 afundou barquinho papel.
Se nem pelo céu se escapa medo dá do morcego quando abre as asas
sobre o nosso relacionamento sincero.
O útero cresce com a progesterona
quando um espermatozóide consegue,
e, de repente, daquela barrigona
nasce mais um da mesma espécie.
Roupas amarelas cobriram a humanidade das pessoas de carne
causando 0,3411672 de tristeza
no ventrículo esquerdo de seus respectivos chip’s.
“”Di-gi-te seu có-di-go””
.............................................................
Tlec tlec
tlec tlec tlec
tlec
tlec tlec tlec
tlec tlec
tlec
..............................................
“Sin-to in-for-mar se-nhor,
nos-so pro-gra-ma
não a-ten-de
pe-di-do de a-mor.
Re-cla-ma-ções, por fa-vor,
na con-tro-la-do-ria ge-ral
ou pe-la cai-xa pos-tal
nú-me-ro 21.345"
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