Fantasmas de um período de covardia, de total ausência de hombridade e de humanidade insistem em aparecer e a estarrecer aos que hoje vivem em uma pseudo democracia, insistindo em demonstrar a ainda persistente inexistência de caráter em membros das forças militares do Brasil, se fôra tão somente por ainda persistiram na pífia e esfarrapada desculpa da defesa dos valores democráticos que os obrigaram a implantar no pais uma sangrenta e vil ditadura já seria por si só um castelo de cartas que cai facilmente ao lembrar-se que o então presidente democraticamente eleito João Goulart foi deposto e afastado de seu cargo de direito para que então o pulha que ocupava a presidência do congresso decretasse vaga a presidência da republica e conseqüentemente rasgasse a constituição,impondo a nação um período nefasto que até hoje nos custa em termos de atraso tecnológico, social e ético impossibilitando assim que tanto o pais quanto seus cidadãos evoluam e desfrutem de uma qualidade de vida sonhada e merecida porém ainda muito distante da população.
Os canalhas fardados e a elite empresarial que os apoiou, ao acender das luzes de um novo período, conseguiram implementar as sorrateiras sombras que empalideceram o brilho de uma anistia que deveria privilegiar as vitimas e acabou garantindo a escória psicopata um salvo conduto ao período que sucedeu aos cruéis e covardes dias que tiveram inicio em Abril de 1964 e fazem nos sentir que enquanto não forem punidos os assassinos, os fantasmas insistirão em fazerem-se presentes em nossas vidas. Vlado Herzog e Stuart Angel são símbolos da psicopatia inerente aos mandatários e seus esbirros do período ditatorial, foram cruelmente humilhados e animalisticamente torturados antes de serem covardemente assassinados; Vlado cruelmente estrangulado e Stuart envenenado por ter sua boca amarrada ao cano de descarga de um JEEP da aeronáutica e então arrastado pelas pistas da base aérea do galeão até a confirmação de sua morte, assim como estes dois exemplos ainda temos os que insurgiram-se no Araguaia e cujos corpos ainda permanecem insepultos digna e civilizadamente como é devido aos heróis, além de todos os que permanecem “desaparecidos” por terem sido drogados e atirados de helicópteros de marinha e por aviões da aeronáutica em pleno oceano atlântico, impossibilitando desta maneira que seus corpos, seus nomes e suas existências sejam recuperados e fazendo impunemente com que permaneçam entre as hordas de vitimas dos períodos ditatoriais em todo o mundo e que se perpetuem como fantasmas sem corpo sem nome e sem existência enquanto seus algozes permanecem intocáveis e impolutos para justiça e para a sociedade que ainda ameaçam.
A escória que eximiu-se de responsabilidades e foi protegida pela anistia de seus atos selvagens e canalhas ainda pulula livremente nos meios militares de reserva vangloriando-se de suas ações e de sua impunidade, desta forma além dos crimes contra a humanidade ainda tripudiam sobre os cadáveres de mártires e heróis por eles criados; outra vazia afirmação e a de que eles também tiveram dentre suas fileiras homens que também perderam suas vidas nas chamadas ações terroristas: Outra falácia que cai com apenas uma pergunta > Quantos militares estão desaparecidos e insepultos deste período em contra partida aos heróis anteriormente descritos ?
Muito me doeu ver as fotos recentemente publicadas dos últimos momentos de vida de um humilhado e vilipendiado Vladmir Herzog, culpado apenas de ser coerente com princípios de liberdade de verdade e de justiça foi julgado, condenado e executado a margem da justiça, tendo seus valores e sua vida esquecidos e destruídos por indivíduos desprovidos de caráter, de moral, de ética, de humanidade e infestados por distúrbios de conduta e protegidos por leis covardes e venais que ainda hoje insistem em punir inquestionavelmente as vitimas por inúmeras vezes e a enlamear as suas memórias enquanto garante aos criminosos culpados a proteção obtida pela impunidade e pelo medo .
Enquanto não se for feita justiça neste pais fantasmas insepultos persistirão em retornar para assombrar nossos dias e obscurecer nossas vitórias rumo a evolução e a impedir nossa conseqüente transformação em civilização.