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Artigos-->O galã era GAY - COINCIDÊNDIA?! -- 13/10/2004 - 12:47 (Romeu Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






"O galã era gay"



21/05/2004

gaybrasil.com - Marcos Alexandre











Archibald Leach nasceu na Inglaterra em 1904. Vivia com o pai e não teve contato com a mãe desde os 9 anos de idade, quando ela passou a viver em um sanatório para doentes mentais. Expulso da escola aos 14 anos, Archibald entrou para um grupo de teatro amador com o qual por dez anos percorreu a Inglaterra fazendo apresentações pelo país, até que foi uma das oito pessoas selecionadas para uma breve turnê de apresentações nos Estados Unidos.



Cary Grant nasceu nos Estados Unidos em 1927 no exato momento em que Archibald Leach assinou seu primeiro contrato com o estúdio Paramount. Depois de fazer várias pequenas participações no teatro americano, aos 23 anos de idade Archibald deixou o passado para trás, mudou de nome e começou uma carreira que o tornaria um dos maiores astros do cinema mundial e que lhe daria tudo na vida - inclusive o amor.



Foi nos corredores dos estúdios que Cary Grant e Randolph Scott se conheceram e se apaixonaram. Seis anos mais velho do que Grant e formado em engenharia têxtil, Randolph Scott foi tentar a vida na Califórnia e trabalhava como figurante em filmes para conseguir algum dinheiro. Em 1930, os dois já moravam juntos e suas carreiras estavam no rumo certo. Tão certo que, em 1934, Cary foi forçado pelos executivos da Paramount a casar com Virginia Cherrill, atriz que começava a chamar atenção nos filmes de Charles Chaplin. Mas o falso casamento realizado na tentativa de acabar com os comentários sobre Cary Grant e seu marido Randolph Scott não funcionou. Pelo contrário, apenas chamou mais atenção para casal gay, pois alguns meses depois do casamento Cary Grant tentou o suicídio, divorciou-se e voltou a morar com Scott.



Durante a segunda guerra mundial, Grant tornou-se cidadão americano casando com Barbara Hutton. Durante um período de três anos, eles mantiveram o casamento enquanto Grant foi informante do serviço secreto britânico sobre possíveis atividades pró-nazistas em Hollywood (Ian Fleming inclusive criou o espião James Bond inspirando-se em Grant, que foi convidado mas nunca aceitou o papel de 007 no cinema).



Depois da guerra e do divórcio de Barbara, Grant teve uma filha e casou-se mais três vezes nos vinte anos seguintes, mas sempre se divorciou de suas esposas depois de curtos períodos para voltar a morar com Randolph Scott, que também se casava e se separava nas mesmas épocas. Não é à toa que a amiga Carole Lombard costumava chamá-los de casal perfeito e mantinha uma coleção de fotos do casal brincando com o cachorro ou cozinhando vestidos com aventais iguais.



O casal perfeito esteve junto em apenas um filme: My Favorite Wife, dirigido em 1940 por Garson Kanin e co-estrelado por Irene Dunne. No filme, os personagens de Cary Grant e Randolph Scott disputam a mesma mulher. Os críticos da época disseram que mesmo o talento dramático dos protagonistas não conseguia criar uma hostilidade convincente entre os personagens - tamanha era a "química" entre os dois. Em 1946, Cary Grant ganhou fama mundial como galã romântico ao estrelar o dramático Tarde Demais para Esquecer (An Affair to Remember, de Leo McCarey), em que ele fez par com Deborah Kerr. No mesmo ano, Grant estrelou ao lado de Ingrid Bergman em Notorious, suspense de Alfred Hitchcock ambientado no Rio de Janeiro e no qual ele é o típico invencível mocinho que salva a donzela em perigo. A parceria com Hitchcock rendeu mais dois filmes de grande sucesso para Grant: Ladrão de Casaca (To Catch a Thief, 1955), em que ele faz um sedutor ladrão de jóias que se envolve com a bela Grace Kelly, e Intriga Internacional (North by Northwest, 1959), no qual ele faz par romântico com Eva Marie Saint. No anos 50, Grant era um dos únicos atores a não manter contrato fixo com um estúdio. Devido ao sucesso garantido de seus filmes, ele escolhia o filme que queria fazer e para qual estúdio queria trabalhar, e assim também se livrava da pressão dos executivos a respeito de seu relacionamento com Randolph Scott.



Dentre seus 84 filmes, Cary Grant recebeu duas indicações ao Oscar e um Oscar especial em 1970 pelo conjunto de sua obra. Ele morreu em 1986, em conseqüência de um derrame - e exatamente três meses depois seu companheiro inseparável Randolph Scott o seguiu para o céu, onde o casal perfeito deve estar junto até hoje. Feliz para sempre.













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