Em períodos de apagão, mister FHC chama para o Palácio do Planalto seu mais nefasto cavalheiro que o protege das derrocadas do poder. Lorde Jeff, vulgo Jeffinho, vai ao encontro do seu mestre. Na reunião frígida e rodrigueana, FHC pede para seu fiel escudeiro Jeff distribuir mais lotes, casas, bacias, cobertores, baldes e mais um punhado de bugigangas a população.
O ater-ego de Jeff nos chãos brasilienses, chama-se Roriz, o bobo da corte que tenta se desvincular da imagem do senador cassado. Em Sampa a imagem jeffiniana se faz e se reconstrói a cada passo que Paulo S. Maluf dá para a conquista do governo estadual em 2002.
Como na era medieval, Jeff, o cavalheiro das desesperanças, desafia o príncipe da Carvalhada e impede o povo de se auto sustentar, se auto desenvolver e se auto governar. Jeff não está sozinho. Ao seu lado está o duque dos Pattas. O seu conselheiro é o bilaquiano udenista que impede o progresso de Sta. Rita para não perder sua mão de obra barata.
No princípio era Baracat. Nas águas do sapocai, uma imagem se transforma em mito. A irmã de Baracat se transforma na égide do governo neopopulista. Os cidadãos bilaquianos são felicitados a terem como “musa” do governo jeffianiano, o ápice do retrógrado.
A casa do povo municipal com exceção da representante que se auto intitula a mãe dos pobres, beijam os pés do cavalheiro efeagaceano. O mundo dos santa-ritenses cai por terra. O apagão não é energético e sim moral. Jeff está cada vez mais demoníaco. A sua aliança com a igreja católica local derruba tabus e elege o novo e velho inimigo dos poderosos: a informação.
A besta do apocalipse se aproxima. A vila do Sapocai está a um passo de uma autodestruição. Enquanto isso, mister FHC e lorde Jeff, tomam vinho e marula. Os cidadãos jeffinianos se sentem felizes, felicidade é sinônimo de agradecimento, livres, liberdade é o mesmo que escravidão, e gratos, gratidão significa obrigação. Jeff – O Cavalheiro Efeagaceano, jura defender seu povo do progresso da carvalhada que ameaça a Vila do Sapocai.
No imediato temor de se ter uma virada política, os aliados jeffinianos compram juizes. Sta. Rita oficialmente não tem o seu Lalau. Mas tem um par que beira as perfeições da injustiça. Um juiz com nome de artilheiro e uma promotora com sotaque imperial são os responsáveis pela manutenção do joio da corrupção na cidade.
Se ambos agissem em nome da lei, lorde Jeff – o fiel depositário de FHC e sua corja estariam fadados a pagarem caro pelo que fizeram num mundo chamado Brasil: aqui tudo pode. Onde está a OAB que ainda não entrou com uma ação contra os desmandos de lorde Jeff? Onde está o Brasil de Luís Francisco? Onde está a honestidade?
O povo jeffiniano desdentado comemora por FHC. O povo bilaquiano dança sertaxegode!!! A indústria cultural escraviza a esperança da carvalhada. A informação se torna refém dos malibus. A Xuxa goza da adultetização de nossas crianças. Deus, nosso bom deus, perde mais um jogo para os métodos mercadológicos.
A Vila do Sapocai é desbunde para sociólogos. FHC se delícia com o país em que ele fechou as portas. Os militares iniciaram a festa, a família Marinho apagou a luz e os tucanos cerraram a tampa do caixão. O país está na escuridão não só na energia, mas, sobretudo na ética e na moral. A Vila do Sapocai está a deriva de um lorde neopopulista, o povo a deriva dos devaneios de um coronel gilete.
Enquanto a Vila do Sapocai está a beira de uma guerra civil os palacianos de FHC condecoram o neopopulismo de Lord Jeff. No momento em que a medalha do Cruzeiro do sul é colocada no pescoço de Jeff, os cidadãos jeffinianos se vangloriam de serem a merda da merda. Golpes fatais são apunhalados diariamente na esperança da carvalhada que busca o progresso.
A Vila que se orgulhava em ser o espelho da eletrônica, tem hoje que se contentar com a “musa” do neopopulismo jeffiniano. Lorde Jeff volta para casa satisfeito de aplicar a receita da política efeagaceana e condecorado pelos seus desmandos. A lógica do mercado mais uma vez sai vitoriosa diante da humanidade. A tragédia e a bonança se aproximam. Talvez, uma guerra civil esteja por perto.
Humberto Azevedo, 25 anos, jornalista, reside atualmente em Brasília