Sempre nunca estará sempre aqui,
Passam os dias e as noites, passa a vida
Devemos fazer o que fazemos, isso vale para tudo
Nada é igual, assim como a soma de dois números
Nunca será seu resultado, abstração
Os exatos jamais exatos, como as ciências
Escravizados a princípios isolados estendidos à realidade.
E nunca fui quem sou, nem idêntico a mim mesmo
E jamais serei algo, ou isso ou aquilo
Apenas eu mesmo, e mudo a cada segundo
A repressão me faz mudar também
E a partir de mim mesmo, ideal humano
Mas não realizo, o desejo me faz viver.
Informações contrárias, atraídas pelo vazio que há
Assim estão e não se completam, perceberão
São livres por direito, mas exigimos assim mesmo
Goste do que gosto até enxergar também, a escravidão que há
Liberte-se então, veja onde está
No mundo do nada, do homem simbólico.
Os símbolos te fazem sofrer, e dizem o que é felicidade
O primeiro impulso foi empurrado ao longo do tempo
É igual ao pai, falam onde passo, e não tive escolha
E sempre será, de geração em geração,
Ninguém é alguém que quis ser, e não será diferente.
O domínio não é meu, e vivo em função de um relógio
Que deveria existir para mim.
O destino me pertencerá, se eu conseguir me governar
E nada acontece por acaso, a cada crise e angústia
Um processo novo, o amadurecimento
Estamos todos condenados à liberdade, por não poder não escolher.
Só vou dizer que te amo, quando aprender a amar mim mesmo
Ao desvendar todo este mistério, talvez o amor não mais exista.
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