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Cordel-->VIAGRANTES -- 01/10/2002 - 11:35 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Lilian Maial reconhece-se-lhe a harmoniosa qualidade poética e o pendor objectivamente sucinto que imprime aos seus versos, tal como se usasse buril sobre as palavras. Trata-se duma poetisa consumada de quem o Brasil e a Lusofonia mais cedo ou mais tarde se orgulharão.

A sua hábil e serena postura na escrita demonstra-nos um carácter delicadamente subtil e ao mesmo tempo incisivo quando aborda temas eróticos com bem marcada elegância e bem doseado pudor figurativo.

Desconhecia-lhe a faceta cordeleante, que me surpreendeu pelo ritmo fluente da rima e esmero métrico que surgem plenos de poesia.

No ensejo de felicitá-la pelo seu reaparecimento na Usina, tenho muito gosto em dedicar-lhe o bem humorado cordel "VIAGRANTES", que exponho em seis estrofes de onze versos. Que lhe apraza.

A vocês que eventualmente me lerão se não lhes causar pelo menos um arrepiozinho de excitação, aconselho-os a imediata consulta dum sexualista especializado: a "coisa" estará deveras mesmo mal!

------------------ VIAGRANTES --------------------

Sua tez perolífera,
Cacau muito levezinho,
Seus contornos, seu papinho
Na vital zona aurífera,
Em movimento certinho,
Muito lento, muito lento,
Que delícia, que portento,
Que sublime tesão
A descer e a subir,
Poro a poro e a fruir
Tão intensa sensação.

Seus lábios vêm e vão
Ao redor do rei do mundo
E a minha língua vai fundo
Para acender-lhe o vulcão
Enquanto lânguido me inundo
Do prurido liliano,
Vice-versa, mano a mano
E ambos cegos de prazer
Logramos a imensidade
No altar da eternidade
Sem mais nada pra viver.

Para enfim transcender
O limite suportável
Você dá-se maleável
De rosa pura a ferver,
Esplêndida, adorável,
À sábia introdução
Que come a maçã de Adão
Todinha sem hesitar
Pelo Sésamo proíbido
Que põe o sexto sentido
Em loucura a levitar.

Você geme, eu deliro
Sugando o dorso divino
E em pleno desatino
A galope mal respiro
Sobre o enlace felino
Que me puxa e absorve
Enquanto você se move
Para trás e para a frente
Em delicado espasmo
E após supremo orgasmo
Beijámo-nos docemente.

Afago-a terno, carente
Do amor que vem depois
Para transformar os dois
Num só corpo únicamente
Sob o esplendor de mil sóis
Que nos funde os sentidos
E nos deixa reunidos
Em êxtase salutar
À brisa da felicidade
Que nenhuma realidade
Jamais consegue alcançar.

De novo a pele a queimar
Nos acende a excitação
E revigora o tesão
Que intenta ultrapassar
A barreira da exaustão;
Você começa a chupar
E eu lambo sem cessar
De lascívia langorosos
Tal qual anjos refulgindo
Até ficarmos dormindo
Saciados e ditosos.

Torre da Guia
DR-SPA-1.4153
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