Nem sempre a agimos e reagimos na vida sob o controle da razão. Nossas ações e reações nos pegam quase sempre de surpresa e desprevenidos.
Quantas vezes dizemos “Eu agi sem pensar” ou então “puxa porque reagi desta forma?”
De onde vem esta força que obnubila a razão deixando-nos ao naufrágio de nós mesmos?
No decorrer das existências o Ser vivencia diversas experiências e, a cada experiência uma sensação; prazer, alegria, dor, desconforto, que são armazenadas em seu campo de memória, formando assim sua personalidade.
Todo sentimento tem raízes profundas na estruturação mental que ao menor estimulo exterior são externados por nós em forma de comportamentos compondo nossas ações e reações.
O relacionamento humano se estabelece na base dos sentimentos e trocas de energias existentes na estrutura mental.
Somos o que pensamos ser, ou melhor, somos o produto de nossas aquisições.
Somos a soma dos nossos sentimentos, portanto somos produto dos relacionamentos humanos.
Jesus o Divino Mestre nos disse há 2000 anos “Vigiai e Orai” alertando-nos sobre o vigiar nossos pensamentos e conseqüentemente os sentimentos da qual ele está revestido, e orar para redireciona-los para que não sejamos pegos de surpresa e reagirmos sem o controle da razão. Pena que este ensino ficou restrito numa frase estritamente religiosa.
O conhecimento de si pede inteligência, é o maior filtro para filtrar nossos sentimentos. O conhecimento pede à inteligência uma movimentação para que o conhecimento seja levado até a consciência e assim agir e reagir com lucidez perante os fatos existenciais.
A vida é movimento; experienciar, avaliar, prosseguir sempre. Lamentar, vacilar, desanimar, é reter o fluxo natural da vida, é represar o movimentar das energias.
Cada Ser tem uma história, uma vitória, uma luta. Viver e relacionar, crescer e compreender, amar e avançar são metas a atingir.
Somos como as águas de um riacho, vamos acrescendo a cada experiência até formarmos um grande oceano que trás em si o universo e que utiliza do movimentar das ondas para jogar as impurezas, mas sempre abertos para receber novas águas.
