O Povoado
Vi do alto de um penhasco, seu lar
Povoado que um dia virou, capital
Capítulo negro que ao homen lhe bastava
Esbravejando sede lúdica vital.
Lar do dia e recanto da noite
Todo dia, toda noite, dia ,noite, dia...
monte de pano, sonho, pedra,
monte de água, folha, brisa , sede de nada
Ou melhor, apenas aquela sede lúdica vital.
O povoado em suma, sumia
O verde, a rosa, o sossego
A hora que o relógio insiste em despontualizar
pondo ponteiro no sol.;
Ou sol no ponteiro
Não importa, o que ocorre é que agora
Você perde a hora
Pega, pesca hora bolas.
Ar, preciso de ar
Condicionado sem tubo nem termostato
Ar condicionado para carburador entupido
Poluído e corroído por esta capital
Que um dia foi povoado.
|