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Artigos-->APRENDIZES DO AMOR -- 21/09/2004 - 22:58 (jACIRA MONTEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
APRENDIZES DO AMOR





Freqüentemente, escutamos frases que constituem atestados de amor, de desamor, de gostar, não gostar, proferidas uns aos outros, nas rodas de convivência, de forma fortuita. Normalmente, convivemos ao sabor daquilo que sentimos por alguém.

Mas, amor, não é autômato, o amor é aprendizado. Convivência é construção.

Não existe amor ou desamor a primeira vista, e sim simpatia ou antipatia. Amor não pode ser confundido com um sentimento ocasional e especialmente dirigido a alguém. O atestado do amor é lavrado nas atitudes de cada dia, sentir é o primeiro passo, mas se a seguir não vier às ações transformadoras, nosso amor está sendo confundido com m momentos de felicidade interior, ou com os tenros embriões dos novos desejos no bem que começamos a acalentar.

O amor é um estado afetivo de plenitude, incondicional, imparcial e crescente. Crescente no tempo e uniforme no intimo.

Amor é um sentimento incondicional, respeita as imperfeições de si mesmo e dos seres que o rodeiam.

O amor é a emanação da vida, é a alma de Deus. Não há amor onde não há profundo respeito.

O amor não se impressiona com os atributos pessoais de outrem, embora possam contribuir nos primeiros passos, definindo-se depois pelas qualidades que o reveste.

O amor é otimista e atuante, jamais agride, é suave, envolvente, não se rebela, mantem-se paciente e tolerante por entender que assim como ele um dia, o outro se encontra doente.

O amor possui dimensão infinita, quanto mais se distende mais cresce.

O amor auto vitaliza-se, nutrindo da própria energia que esparge.

Quem ama é possuidor de uma coragem imbatível, abre portas fechadas, alcança os arredios, os desvalidos.

Não foi por outra razão que o Divino Mestre o transformou no mandamento maior. Quando esplende no coração, faz-se dínamo gerador de energias que propiciam vida e fertilizam seres.

O amor que se oferece ao próximo é conseqüência natural do amor que se reserva a si mesmo. Somente a pessoa que ama a si pode é que pode amar. Somente se dá aquilo que se possui. O amor que tenho é o amor que dou.

Mas, para amar é preciso começar, ninguém será surpreendido pela pujança do amor total antes de havê-lo iniciado em pequenas experiências e vivencias do cotidiano. Ninguém escala uma montanha sem antes estar no seu sopé.

No vale a visão é limitada, porém, à medida que escala, sua visão amplia, o oxigênio vai ficando mais puro. Ao alcançar o topo da montanha o deslumbramento toma conta porque é capaz de visualizar o infinito.

Assim também é com o amor. Nas primeiras experiências, surgem os sentimentos controvertidos, os interesses mesquinhos, as paixões. Frágil, busca forças para prosseguir, necessitando de estímulos para avançar. Sem profundidade, pensa nos benefícios a receber, benefícios estes que ainda não oferece. Receoso, aguarda. Insistindo, porém, modifica a estrutura e passa a expandir-se com naturalidade, dilatando-se logo após sua compreensão.

Na construção do amor, temos primeiramente o amor paixão, sentimento exacerbado quase sem lucidez, direcionado a uma pessoa ou a um objeto, onde, o ser só se acalma quando consegue satisfazer sua ânsia de possuir. Em alguns casos a paixão é a porta de acesso para o amor, porque arrebenta as reservas emocionais, as inibições e quando acalmado propicia o surgimento do bem querer. Temos também o amor posse que aprisiona e tolhe a liberdade do ser amado, o amor egóico, oferecido quando tiver algo em troca, o amor condicional, que impõe condições para amar. O amor carente, quando o romantismo toma conta da imaginação nas quais o outro deve preencher as lacunas internas e os vazios existenciais.

Mas, devemos ter em mente que o amor não surge concluído, é resultado de esforços e conquista paulatina, portanto, todos as formas de amar são estágios que nos levarão ao amor incondicional.

Aprendizes que somos do amor aproveitamos as coisas mais simples para exercitar este amor.

Reserve alguns minutos para escutar uma música suave, envolvente. Pense na grandeza de mandar uma frase ou até mesmo uma única palavra a um amigo necessitado, contemple a paisagem ao seu redor, alimente um pássaro, plante uma árvore, dê um sorriso, um afago. Alimente pensamentos elevados, veja a vida pelo lado bom. Ofereça a outra face como nos disse Jesus, ou seja, veja as coisas por outro ângulo, por outro prisma. O afeto é a abertura para nosso crescimento.

Enquanto não somos possuidores desse amor maior, vamos exercitando através do afeto, escalando esta montanha que um dia chegaremos ao seu cume e aí deslumbraremos o horizonte.





JACIRA MONTEIRO 21/09/04

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