Fez-se frio na minha alma,
lamento do nada sentir,
apesar da vivência,
sem calma,
sem rir,
lágrima viva do existir!
Foste-te...
e ninguém, quase,
te chorou,
que tristeza, meu Deus!
Dentro de mim ainda ficou
a nostalgia do diferente,
do carinho de parente,
o sonho da família...
à beira livro, sabor a tília,
absorvo o teu perfume,
velho homem que foste gente,
peixe sem cardume,
loucura de herói demente!
A tua luz seja sempre incandescente...
No meu lar ainda doente,
rezo por ti,
pássaro que sorri,
sem aniversário,
templo no reino Omnipotente!
Já não choro mais,
vivo a dádiva do presente!
Paz à tua alma...
Elvira:) |