É inegável que as eleições municipais de 2004, principalmente nos grandes centros, tornaram-se uma prévia das próximas eleições presidenciais. E essa prévia de 2006 acirra-se onde a disputa polariza entre PT e PSDB.
Por oportuno constatamos que o PT encaminha-se para se consolidar como a principal, maior e mais organizada força política do Brasil. Nas principais capitais brasileiras o Partido dos Trabalhadores estará no segundo turno do dia 31 de outubro e com reais e amplas possibilidades de vitória.
Em Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife o candidato do PT tem uma certa folga nas intenções de voto. No Rio Grande do Sul, o PT estará na disputa em todas as cidades que possuem segundo turno.
Porto Alegre é o cartão postal do PT. Por ser a sede do Fórum Social Mundial e por ser a cidade que elege um governo popular desde 1988. Nunca na história do Brasil um partido foi eleito diretamente para cinco mandatos consecutivos. E estamos a poucos dias para realizar essa façanha e colocar Raul Pont prefeito da capital dos gaúchos.
Pelo Fórum Social Mundial e por ser hegemônica de governos populares, Porto Alegre é o centro e coração das esquerdas do mundo.
No entanto, devemos considerar o grande palco eleitoral a cidade de São Paulo. A metrópole paulista é o centro do poder político e coração financeiro do país. E em São Paulo a corrida à prefeitura está acirrada e polarizada entre Jose Serra e Marta Suplicy.
Marta e Serra estão tecnicamente empatados. Com a federalização dos debates entre PT e PSDB podemos crer que o primeiro turno das eleições de 2006 já começou. Em caso de vitória de Marta a prefeita credencia-se como alternativa para concorrer a presidente em 2010.
Com a morte de Leonel Brizola, que sozinho fazia uma heróica oposição ao governo Lula, o PDT fica sem a sua principal expressão e os tucanos surgem como a única força política de oposição ao governo Lula ocupando o vácuo deixado pelo último caudilho.
Com isso antecipamos as emoções de 2006. Lula será candidato a reeleição. Falta o PSDB definir o seu nome. Aécio Neves, Geraldo Alckmin ou o próprio FHC.
Gostaria que fosse o Fernando Henrique, assim debateríamos os feitos de dois governos que estarão latentes em nossas mentes. Lula X FHC. Eis a disputa perfeita.
Enfim, falem mal do PT.
Mas, queiramos ou não, o Partido dos Trabalhadores estará influenciando os destinos políticos do Brasil nos próximos 20 ou 30 anos.
Uma pendenga com o Mercado Livre que é um dos patrocinadores da Usina.