Andei, uns tempos, um pouco conturbada, devido a alguns problemas existenciais e umas preocupações normais, da vida rotineira. Além da saúde, também muito abalada pelo estresse do dia-a-dia. Coisas de final de ano... Afinal, ninguém é imune ao esgotamento físico. É bom que assim seja, pois é uma prova evidente de que a vida está sendo, de alguma forma, produtiva. É compensador o cansaço, quando efeito de um bom trabalho.
Tomadas providências necessárias: massagens japonesas e umas sessões de acupuntura, o problema foi debelado pela raiz. Estou novinha, em folha... Melhor do que antes...
E é tão gostosa esta sensação de bem-estar. Digo isso, porque o desânimo físico era tamanho, que havia me deixado um pouco cismada, quanto à saúde, a ponto de me deixar um tanto “desleixada” com minha aparência. Fazia meses, não dava um bom corte no cabelo e nem me vestia com bom-gosto.
Detectada a causa do problema, minha disposição voltou ao normal e nem precisei ”caçar a luz no fim do túnel”... Ela veio logo a mim. Ou melhor, ela sempre esteve comigo... Eu é que deixei que se apagasse...
Pus-me a refletir como é importante passarmos por momentos assim, para dar mais valor a tudo o que temos. Ser SAUDÁVEL numa época em que a doença, mais do que qualquer monstro pré-histórico, vive a ameaçar as pessoas, é uma constatação gloriosa.
Estas minhas reflexões deram-se há pouco, logo depois do almoço, quando me recostei na rede do quintal, entre canteiros e algumas árvores floridas... Meus olhos divagavam pelo ar e pararam para apreciar o esvoaçar de um passarinho rondando as flores. Era uma visão tão linda! Tentei registrar o momento com uma fotografia, mas quando voltei, o pardalzinho já tinha voado para algum outro jardim.
E esse simples descanso, de uns trinta minutos, significou para mim muito mais do que qualquer terapia.
Não é fácil ser FELIZ?
|