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cronicas-->Sobre ontem à noite -- 23/10/2001 - 14:33 (Luís Augusto Marcelino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- Olha, Vera Lúcia, quanto a ontem à noite, queria me desculpar. Juro que não era minha intenção...

- Se desculpar de quê?

- Bem, você sabe. Não foi nada planejado. Não acordei e disse assim "esta noite vou sair com Vera Lúcia e vamos deitar na mesma cama". Compreendeu?

- Não tem do que se desculpar. Não fui obrigada a me deitar com você. E sequer tomei aquele copo de tequila que você insistiu que eu tomasse. Sempre lhe disse que detesto álcool...

- Eu sei, eu sei. Mas é que, no fundo, pode ser que você esteja pensando que eu programei algo. Que eu queria me aproveitar de ti. Não, isso não. Que fique bem claro!

- Do jeito que está falando dá a impressão de que pensa que eu contava com um pedido de casamento no dia seguinte. Aliás, você me pediu em casamento ontem, está lembrado?

- Pedi?

- Duas vezes.

- Ah!... é mesmo. E você aceitou?

- Claro que não. Sou contra o casamento, não lembra? Nem para ser madrinha eu sirvo, porque detesto aqueles vestidos longos e sapatos com salto alto. Já sou tão alta e magra, fico parecendo um pau de sebo, daqueles das festas juninas.

- Não se deprecie, Vera Lúcia. Você é linda... mas sabe como é, né? Minha noiva, Clarissa, é tão doente... e não posso dar este desgosto a ela. Ela não suportaria uma separação. Jamais compreenderia, a Clarissa. Acho que se jogaria na linha do trem.

- É. Tão doente, a pobrezinha...

- Quero continuar sendo seu amigo.

- Sem problemas.

- Eu sei que você deve estar chateada comigo. Mas preciso que compreenda. Senão fico com peso na consciência.

- Pode aliviar seu peso. Fique tranquilo. Passou. Já passou.

- Não acredito que você esteja assim tão calma. Todo mundo aqui no escritório sabe que você era virgem. E, você deve suspeitar, depois de ontem à noite, sua vida não vai ser a mesma. Sabe, é uma experiência de vida. Espero que tenha aprendido a lição. Sua vida será outra, a partir de agora, Vera Lúcia.

Vera Lúcia silenciou. Abaixou a cabeça e começou a rir. Primeiro, timidamente; depois, não se contendo, desenfreadamente.

- Está rindo de quê? Tá chamando a atenção.

- Desculpe, Rodrigo. Não queria chamar a atenção. Mas é que...

- Fala, mulher!

- A coisa da lição, você falou tão sério...

- E você queria que eu brincasse com isso? Sei que, para as mulheres, a virgindade é uma coisa muito séria.

- Mas continuo virgem, Rodrigo! Você dormiu antes de qualquer coisa, não lembra? Acho que andou sonhando... aliás, você ronca alto pra burro!

- O quê? Você só pode estar brincando! Pára com isso, não pode ser...

- Está tudo aqui, intacto, como sempre esteve...

- Não é possível! Quer sair comigo hoje à noite?
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