Queria discursar sobre política, mas anda tudo tão atravessado por aqui, nesta terra onde tantos “metem a mão na cumbuca”. E nada sobra para o que realmente deveria... E depois... A culpa das tragédias que acontecem é da sociedade. Discurso falho e falido! Eu até arriscaria uma perguntinha: “E o exemplo de cima... Onde está?”. Mas, de que me adiantaria? Se bocas maiores, bem maiores do que a minha, já se abriram e foram caladas. Que direi eu, pobrezinha burguesa, emancipada por seus próprios esforços e que nunca conheceu um minuto sequer de “fama”. É de rir... Ou de chorar?
Acho que vou discursar sobre o rombo na camada de ozônio que circunda nosso planeta. Mas... Já é tema de tantos globais. E, só em pensar na coisa, eu quase sufoco! E a infância desamparada? A velhice desprezada? O preconceito? A violência? Ah! Isso é página virada, meu! O povo já se habituou tanto que nem liga mais... Basta ver os vídeo-clipes do Carnaval... Samba-no-pé total... “Olha a Beija-flor aí, gente!”.
E o meu povo sofrido aí está... forte e feliz, apesar dos pesares que não pesam tanto, pois a ignorância , de certa forma, evita o sofrimento maior... “(In)feliz o que tem olhos de ver”...
Os “coitadinhos” na cadeia e fora dela? Ah! Esses contam com a proteção e defesa dos “direitos humanos”. Matam para sobreviver, ora! Uma mortezinha aqui, outra ali, mais uma acolá, num país de tantos milhões de brasileiros, quem se importa?!
E assim está tudo esquecido, até o próximo menino que arrastarão pelas ruas, como troféu. Aí, então, os que assistirem à barbárie dirão: “melhor ser arrastado do que arrastar”. Será?!
E as escolas apinhadas de alunos não conseguem ensinar cidadania, pois a professorinha arrombou a gaveta da escola e roubou a verba da merenda escolar. Pode?
Poder não pode... Mas, acontece...
Eu, porém, estou IN LOVE... Vou ver, agora, a novela das nove, que me mostra, duramente, mas, de forma poética, as “Páginas da vida”, cheias de beijos e amassos entre muitos tapas, vômitos e ilusões...
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