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Artigos-->LULA E SEU ELIXIR MILAGROSO -- 12/09/2004 - 17:50 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O ELIXIR MILAGROSO

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Se o problema for urgente

Caso de hemorragia

Ou mesmo de cirurgia

Fale com o Presidente

O companheiro da gente

Ele está bem preparado

É cirurgião formado

A sua receita avia

A sua dor alivia

O remédio é comprovado



Se é caso de bursite

De coceira ou alergia

Ou de denúncia vazia

Se for falta de apetite

Ou inchaço de artrite

Não demora o resultado

Num instante é sarado

Sem conversa e sem história

A Medida Provisória

O remédio empregado



Se o problema for bucal

Sem ser caso de dentista

Eu vou logo dar a pista

Pra ficar tudo legal

Cala-te boca total

Todo mundo amordaçado

Menos o denunciado

A imprensa é censurada

Liberdade encarcerada

O remédio adotado



Pra fraqueza e anemia

E pra falta de dinheiro

Paciência, companheiro

Com a barriga vazia

Jejum da economia

O feijão tão esperado

Deixe um pouco de lado

Não abuse do almoço

Do angu tire o caroço

O remédio indicado



Se o clima é do nordeste

Evite o sol com freqüência

Tome sua providência

Seja um cabra da peste

Do sertão e do agreste

Não fique desempregado

Faça chover no molhado

Participe da eleição

Não vote no seu patrão

É xarope estragado



Se for caso de amizade

Antiga ou mais recente

O doutor se faz presente

Mostra muita lealdade

Curandeiro de verdade

Defende o denunciado

Antes mesmo de julgado

A receita é costumeira

A medida é certeira

E o remédio é controlado



O elixir milagroso

Não tem contra-indicação

Nem depende de eleição

É perfumado e cheiroso

Um perfume enganoso

Para o infectado

Com febre e resfriado

A medida é provisória

Só não cura a memória

Do placebo antecipado



Para todo e qualquer mal

Memória fraca e propina

Hemorróida e jogatina

Loteria estadual

Ou desmaio casual

Paciente ilustrado

Bem ou mal intencionado

Waldomiro, o paciente

Amigo do presidente

Soro privilegiado



Intestino preguiçoso

Dor de barriga e lamento

Flatulência de momento

O assento bem moroso

No banheiro é custoso

O laxante indicado

A prisão do condenado

Intestino obstruído

Ar preso e comprimido

É de pronto aliviado



A pessoa não se aperta

E nem fica mais trancada

Nem muito tempo sentada

A porteira é aberta

E o sinal de alerta

Logo é anunciado

Solta o penitenciado

Mesmo de crime hediondo

O remédio desce redondo

No Congresso é aprovado



Viva a homeopatia

E o remédio caseiro

Banho frio de chuveiro

A CPI logo esfria

E o resultado adia

UTI do BANESTADO

Merece todo o cuidado

Tem gente grande doente

Com medo, batendo dente

Do remédio anunciado



Doença de todo jeito

Dor de cabeça constante

Situação estressante

Vive acordado no leito

Não se alimenta direito

Só vive preocupado

À espera do resultado

É praga de gafanhoto

Muito rato no esgoto

E vampiro no cerrado



Muita gente adoecida

Prefeito e governador

Deputado e senador

Muita grana escondida

Em paraísos da vida

Muito leite derramado

Nada foi recuperado

O remédio sem efeito

Democracia no leito

O direito difamado



Adoeceu a Justiça

Em nome da economia

Gratidão e covardia

Partindo dessa premissa

O padre rezando a missa

O entendimento errado

O direito usurpado

Na contramão da Ciência

A favor da Previdência

Morre todo aposentado



Medicina evoluída

Vacina da salvação

Resolve qualquer questão

Que aconteça na vida

Basta uma só medida

Pro doente ser curado

Se ele for cadastrado

Não precisa de favores

Fora os trabalhadores

O remédio é doado



Na custa nem um tostão

Para o nobre companheiro

Sobra tudo, até dinheiro

Se for gente do Gabão

Seu amigo ou seu irmão

Para o pobre eleitorado

Que não é conveniado

A solução indicada

É da eleição passada

Remédio falsificado



Por isso, até a eleição

Beba da água salgada

Da fonte da Esplanada

Prepare o seu coração

Não compre outro avião

Tenha um pouco de cuidado

Para não ser enganado

Não tome remédio vermelho

Aprenda a olhar no espelho

E aguarde o resultado



Insista pela mudança

Diga não à reeleição

Chega de continuação

Pois assim a gente dança

Renove a sua esperança

De um futuro melhorado

Que não pode ser clonado

A vacina é urgente

Para o mal do presidente

O Brasil bem governado











30 de agosto de 2004



















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