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Poesias-->Contenda de paixões -- 15/02/2002 - 08:42 (Ademir Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando o desajeitado amante encantos fere,

e vidas unificadas dobradas se afligem,

vai e vem em sua melancolia,

espeta a bandeira sobre o estrago,

onde por sobre escorrega

[e réu se levanta.



Quando julgado o coiso desajeitado,

noite quente,

incandescente de sol

[do dia que perdeu sua luz,

no jogo escuro do silêncio inocente.



Reconhece no juízo uma gota,

força torrencial,

mas eis que enclausurado em si

[fica dócil e se abre (fechado),

reduz a pena a horas-milênio,

de dedicação multiplicado.



No desencanto de seus feitos,

um coração ermo,

onde olhos cerrados insistem ver,

as mãos muito mais querem cofiar,

lábios em febre.;



E tudo se aninha num corpo latente,

dolente e cheio de querer.



Retrocede ao peito

[a desordem do primeiro encontro,

imutável neste abrigo de fervor,

este ímpeto que outrora e ora

[denuncia, a grandeza de seu amor.;



E tudo se aninha num corpo latente,

dolente e cheio de querer.



AdeGa/85

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