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Poesias-->Conversão -- 04/05/2000 - 14:12 (Mirella Trevisan) |
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Quem és?
Quem sou?
Sou teu apelo, tua morte.
És a razão e a discórdia
Que ao meu mundo abalou,
Deixando-me a beira dessa maldita sorte.
Quero antes de teus olhos o fulgor
Onde brilha em chama possessiva,
De amor e de desdém,
A encarnação em mim do teu rancor.
Tomaste do meu sangue
E despejaste feito dor,
Em alma branca, em corpo puro
O extremo do teu ser.
Fui perdida, esquecida
Restos de um pesadelo destruído
De vida podre e vital novo
De teus lábios renascida.
Solidão,
Leve embora o que eu não fiz
E lembra-me aquilo que esqueci
Abrace ao relance do que me calou,
À lembrança que me matou...
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