Todas as semanas você receberá dois textos analisados de um autor que faz parte da seção AUTORES NOTA 10. Esta semana foi analisado o texto de Maria do Socorro Cardoso Xavier, que vive em João Pessoa - Paraiba
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Lindo poema livre, cujo tema é a tristeza. Metaforicamente, inverno quer dizer: melancolia, tristeza, infelicidade de uma alma errante, que busca o seu caminho.Sofre pela carência do abandono de uma outra alma, que ao seu lado caminhava, um amor, talvez. O eu lírico percorre labirintos, percebe a luz trêmula da esperança, passos, trevas, medo, o desatino da incerteza do que surgirá à frente.O caminho é longo e a expectativa, dá vontade de chorar. O que haverá no final? A síntese está em:"abandonada/ minha alma/ chora adentro / insone / labirinto dúbio.” Tocou-me mais: "envolta em incertezas / paralizantes / em sege (carruagem) trepidante/ arrepia-me / gela-me por dentro / a ermo/ uma vontade incontrolável / de chorar!" Todos nós já experimentamos de uma forma ou de outra, esse INVERNO DA ALMA. Nós fugimos da dor e nos protegemos de todos os modos para que ela não nos alcance, mas não existe vida humana sem dor. Depois dela, não seremos mais os mesmos. De algum modo, ela nos transformará. São esses, cortes, podas, pancadas da vida, que nos dão o amadurecimento. "No mundo, terás aflições, tende bom ânimo"... ( Jesus Cristo)
Tema principal:A solidão da alma. Mensagem do texto:Talvez o texto queira refletir o encontro com o inverno da idade. Quando os anos passam e algumas pessoas não sabem se enfrentar com esse fato, mostrando a inconformidade através de uma incerteza profunda. Compreensível e real até chegar a superação, pois a alma, o espírito nunca envelhece, somente o corpo passa por certas transformações que é o que as pessoas mais notam em si mesmas, mas não somos nosso corpo, não somos nem nossos pensamentos, nem nossas circunstancias, somos o EU observador compreensível que vê tudo isso, aquele que está sempre em ação e se faz muito mais presente na meditação e que nos devolve a resposta quando nos perguntamos sobre tudo; é um espírito que habita um corpo.Trecho que mais me tocou:"Trevas embaçam incerta pressão ofegante inverno medonho". Aqui as incertezas de como se enfrentar com a escuridão que talvez se sinta nesse momento de passagem para uma idade mais madura. É um ponto pelo qual algumas pessoas se sentem mais sensíveis e pensativas sobre a vida. Aqui uma visão mais otimista serIa bem levada. Síntese do teXto: Gela-me por dentro a ermo uma vontade incontrolável de chorar! Aqui se reflete o medo do futuro, a distancia da juventude,o medo da solidão e da morte e a tristeza profunda e vontade de desafogar em lágrimas toda a opressão sobre o tema. Sempre se é jovem, somente que o corpo não acompanha o mundo interior que é o que deve de ser o mais importante, o mais cultivado, o mais apreciado e o mais valorizado pois o corpo é o templo do espírito e deve ser cultivado também mas quem manda no corpo é a mente e a juventude nunca está mais além de si mesma, na visão contemplativa da vida na despreocupação pelas transformações do corpo, pois toda idade é bela e todos passamos, estamos passando ou passaremos por ela. Uma profunda dor no teXto, mas belo pela sua profusão.
MARCIAL SALAVERRY
SÃO PAULO
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marcial@prosaepoesia.com.br
A poeta deixa claro estar perdida ante a indefinição de sua alma... perdida ante e indefinição do que a espera, já não mais sabe como reagir, "envolta em incertezas paralisantes". Tem medo do que a espera, do que lhe poderá acontecer "gela-me por dentro/a ermo/uma vontade incontrolável de chorar". Expressando assim sua perplexidade antes as surpresas que a vida lhe reserva. Não sabe como sair da situação que lhe aflige.
VALERIANO LUIZ DA SILVA
Anápolis - GO
http://www.albumdepoeta.kit.net
valerianols@globo.com
Percebe-se que a autora passava por momento difícil quando escreveu o poema. E tudo que ela sentia estava contido no seu interior, a alma dela estava triste e abatida, ela sentia um vazio dentro de si, e tentava manter a calma, percebe-se que era uma grande opressão, seu corpo está frio, ela estava numa incerteza sem saber que atitude tomar e seu desejo era só de chorar, ela se sentia sozinha como alguém num deserto sem ter a quem recorrer.
Carência, abandono, mágoa, insegurança é um forte concorrente para afetar nosso eu. É o inverno da alma, tema deste texto. A mensagem é lúgubre, cheia de amargura, faz o personagem sentir-se num labirinto, teme o presente a insegurança e a incerteza levando-o a afundar-se mais e mais. Inverno da alma é a tristeza e a solidão que se encontram. Na alma esta palavra se abstrata como uma maneira se expressar sua dor. A síntese está envolta em incertezas paralisante, e segue trepidante, arrepiando e gelando por dentro a esmo uma vontade incontrolável de chorar.
_______________________________ Razão de Viver ... Um Louvor a vida...
