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| Artigos-->Cinqüentenário de VARGAS -- 27/08/2004 - 12:49 (Domingos Oliveira Medeiros) |
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CINQÜENTÁRIO DE VARGAS
(Por Domingos Oliveira Medeiros)
Em 24 de agosto
Cinqüentenário da morte
Que ao Brasil deu um Norte
Todos se lembram do rosto
Motivo de muito desgosto
No jornal foi estampado
O coração perfurado
Deixara a vida inglória
Para entrar na história
Vargas, meu muito obrigado
Mil novecentos e trinta
Começava a trajetória
Até hoje na memória
Não se apaga a tinta
Das cores com que se pinta
O seu extenso legado
Ideal consolidado
A favor de nossa gente
Nosso melhor presidente
Vargas, meu muito obrigado
Sua visão reformista
Seu amor pela Nação
Idéias que pôs em ação
Verdadeiro Estadista
É grande a sua lista
De benefício deixado
E de valor agregado
À industrialização
Com coragem e decisão
Vargas, meu muito obrigado
Siderúrgica Nacional
Bases do desenvolvimento
Com vistas ao crescimento
O planejamento global
Energia fundamental
O órgão, assim criado
A Petrobrás ao seu lado
E o trabalhador brasileiro
O seu amigo primeiro
Vargas, meu muito obrigado
O respeito ao trabalhador
As Férias remuneradas
Garantias amparadas
Foi sempre o melhor fiador
Das normas, o seu fundador
Tudo foi consolidado
Em defesa do empregado
Para o equilíbrio total
Trabalho versus Capital
Vargas, meu muito obrigado
Criou o Órgão Central
O DASP, hoje, extinto
Tanta falta faz, não minto
Controle e supervisão
Funções de Administração
Treinamento e resultado
Desempenho acompanhado
O mérito como verdade
Retorno à moralidade
Vargas, meu muito obrigado
O concurso como norma
Igualdade e democracia
O ingresso assim se fazia
Ainda é a melhor forma
Que’ em benefício transforma
Todo serviço prestado
O orgulho conquistado
Fim do’ apadrinhamento
Do mal assessoramento
Vargas, meu muito obrigado
Pro Trabalho, um Ministério
Também sua criação
Em defesa do cidadão
Emprego levado a sério
Transparente, sem mistério
O direito resguardado
Até ser aposentado
Só não vê quem tem despeito
Inveja e preconceito
Vargas, meu muito obrigado
Vargas, com seu pragmatismo
Apostou na soberania
Do Brasil, sem mordomia
Do capital estrangeiro
Que emprestava dinheiro
Somente preocupado
Com os juros acordado
Travando o crescimento
Às custas de sofrimento
Vargas, meu muito obrigado
Pai da nacionalização
Do aço e da energia
Do petróleo e ferrovia
O controle da produção
Para fins de exportação
O direito resguardado
Ao nosso próprio mercado
Direito de propriedade
De domínio, e liberdade
Vargas, meu muito obrigado
Nosso grande brasileiro
Tinha visão do futuro
Não ficava em cima do muro
Não temia o estrangeiro
Presidente e guerreiro
Comportamento acertado
Diante do inusitado
Criou o Estado Novo
Sempre pensando no povo
Vargas, meu muito obrigado
Enfrentou dificuldades
Intentona Comunista
Investida integralista
São duas realidades
Preconceitos e verdades
O mal menor adotado
Como se faz com o drogado
Seringa melhor que a doença
Essa foi a sua crença
Vargas, meu muito obrigado
Sem fazer apologia
Ao Estado Novo surgido
Mas é por demais sabido
O perigo existia
Pra manter a soberania
O risco de Plínio Salgado
De ter ao poder chegado
Pela Ação Integralista
Vargas não foi fascista
Vargas, meu muito obrigado
A Ação Integralista
Na sua origem primeira
Teve ajuda estrangeira
Conforme consta da lista
O Governo deu a pista
O apoio foi doado
Pela Itália, comprovado
E também pela Alemanha
De Hitler, em plena campanha
Vargas., meu muito obrigado
Getúlio, considerava
Todo e qualquer operário
Criador e destinatário
Da riqueza que plantava
E por isso acreditava
No nosso próprio mercado
Com o povo empregado
A renda distribuída
A miséria combatida
Vargas, meu muito obrigado
Brizola fez resistência
Aos golpistas de plantão
Não queriam a ascensão
De Goulart, a permanência
Com garra e persistência
Brizola deu o recado
Acompanhando o legado
De Vargas, seu timoneiro
Foi seu fiel escudeiro
Brizola, muito obrigado
Resta a Carta-Testamento
Importante breviário
Relato de um cenário
Memórias, ora em comento
Análise de um momento
Nos ensina o passado
Traz um rico aprendizado
Dos caminhos a percorrer
Para nosso Brasil crescer
Vargas, meu muito obrigado
Ainda era menino
Quando ocorreu sua morte
Mas um menino de sorte
Desse modo aqui termino
Embaixo de tudo assino
Eu também fui contemplado
Com seu brilhante legado
Ensino de qualidade
Com amor e liberdade
Vargas, meu muito obrigado
Não há quem possa esquecer
Sem excesso de ufania
O viver no dia-a-dia
Nos anos cinqüenta, viver
Lutar, produzir e vencer
Paz e amor no passado
À cada ano dourado
A vida melhor vivida
De forma descontraída
Vargas, meu muito obrigado
Aos invejosos de plantão
Que metam a mão no balaio
No dia primeiro de maio
E façam a comparação
Qual é o melhor cidadão ?
De hoje ou do passado ?
O estudo comparado
Renda, saúde e escola
Crescimento sem esmola
Vargas, meu muito obrigado
27 de agosto de 2004
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