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Artigos-->A "QUESTÃO" JOÃO DOS SANTOS -- 26/08/2004 - 14:40 (adelay bonolo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A “questão” João dos Santos



Graças a Deus que alguém se manifestou. Parece que os 7000 usineiros (há realmente isso tudo?) assistiam indiferentes ao que estava e ainda está acontecendo. Tinha opinião formada, mentalmente redigia todos os dias um texto sobre tal assunto, mas covarde ou cautelosamente, mais este que aquele, me calava, para não sucumbir sob a virulência desassombrada e coordenada dos desafetos do Sr. João dos Santos.



Em toda a comunidade organizada há três tipos de participantes, com algumas variantes dependendo do tipo de associação (empresa, clube, igreja, sítio literário etc): 1) os donos do “pedaço”, 2) os sócios residentes e 3) a grande massa silenciosa. Aqui na Usina de Letras há os proprietários do negócio, Sr. Waldomiro etc., os sócios residentes, aqueles que aparecem em todos os gêneros literários, todos os dias, diversas vezes, e que controlam tudo o que se escreve por aqui, monitorando a todos (o leitor pode comprovar agora mesmo isso que falo). Finalmente, a massa amorfa, que publica, aqui ali, timidamente alguma coisa, no gênero que julga dominar, com cuidado para não ofender ninguém, quase pedindo desculpa por ocupar espaço dos moradores oficiais. Poucos minutos após sua publicação, vem alguém e joga o pobre coitado lá para a rabeira da fila.



A Usina de Letras é um site da Internet e como tal tem caráter universal. Quem aqui escreve sabe que até na lua, se e quando houver um computador, poderá lê-lo. Dias desses, o proprietário comunicou a existência de equipamento que comprova os acessos de toda parte do mundo. E quando se publica algo nessas condições, é claro que se está sujeito a toda sorte de reações e críticas, boas ou más. Cair no domínio público (não falo aqui dos direitos autorais) é dar a cara a tapa.



Dia desses publiquei um conto em que fazia referência a Machado de Assis como o maior escritor em língua portuguesa, no meu entender. Ora, falei “no meu entender”. Alguém lá de Portugal, um dos tais sócios residentes, não gostou e detratou violentamente nosso maior escritor. Claro que havia exagerado na minha afirmação, mas a reação foi excessivamente maior que a ação. De fato, fui infeliz na conceituação, mas era minha opinião. Ninguém se manifestou em defesa de Machado. A crítica desairosa deu-me engulho, mas não houve tréplica de minha parte. Acho que o tal português tinha e tem todo o direito de fazer o que fez. É a democracia. E democracia, só para uns, é ditadura.



O Sr. João dos Santos, segundo observei em seus arquivos, faz o que faz desde o seu ingresso no site. Não concordo com seu jeito nem com a dose das críticas, mas sou capaz de morrer em defesa de seu direito de manifestar-se. Parodiando velho ditado, “quem publica o que quer...” Se ofensas pessoais houve, e poderá tê-las havido, o remédio é de outra natureza; nunca a censura odiosa, que culminou com o fuzilamento do crítico. Estão com saudades do AI 5!



Concordo com o Sr. João dos Santos em muitas coisas que ele escreveu. Por exemplo: não se respeita na Usina a natureza dos gêneros literários. Há sonetos em Redação, artigos em Poesias, poesia em Contos, frases em Crônicas, trovas em Monólogos, piadas em Peças de Teatro etc. Em Letras de Música a coisa raia ao ridículo. Sempre pensei que o gênero estivesse ali para que pudéssemos escrever letras novas para algum músico pautá-las num pentagrama qualquer. Mas não! Que diabos tem a ver a publicação de letras de música de Djavan, Chico Buarque, Vinícius! Muita gente publica crônica de Jabor, poesia de Neruda, Vinícius de Moraes. E tome fotografias, charges, bonequinhos, figuras em movimento! A parte dedicada ao erotismo então é uma lástima. Com meus 6/5 de idade, muitas vezes fico envergonhado de ler o que lá se publica, inclusive por mulheres. Se ao menos os títulos camuflassem a baixaria... E tudo isso conta pontos de leitura, uma grande empulhação permitida pelos donos do site.



Por falar nisso, dos 7000 associados do site, apenas uma centena, às vezes nem tanto, contribui financeiramente. Isto quer dizer que cerca de 6.900 usineiros por aqui transitam gratuitamente. E há quem ache lícito tal atitude! Entre eles figuram autores de textos mais lidos. Já notaram que alguns desses grandes têm 100.000 leituras num só mês? Se observarem, como eu o fiz, tais leituras incidem sobre textos antigos de 2002 ou antes. Os textos novos que publicam não passam dos miseráveis 15 a 20 leituras. Como pode isso? Se gosto tanto dos antigos textos de tal escritor, teria imenso prazer em ler suas novas produções. Será?



Não quero dar uma de sábio, sabichão, nem passar sabão em ninguém. Quero solidarizar-me com o condenado. Também pudera, né João, as mulheres, nossas parceiras em tudo, foram feitas para serem amadas, acarinhadas, beijadas e respeitadas!.



Por isso tudo, acho uma bruta sacanagem a saída forçada do colega usineiro João dos Santos. Sugiro ao dono do site que promova uma votação. Pensei que o lema “censura nunca mais” valesse para todos!



Críticos sempre existiram, desde Homero. A última Sinfonia de Tchaikovsky (Patética) foi vaiada na primeira apresentação, tendo seu criador morrido três a quatro dias depois. Flaubert foi levado aos tribunais por seu romance Madame Bovary e tantos e tantos outros. Não há crítico bonzinho, fora os bajuladores...



Repito: não concordo com suas posições, mas defendo intransigentemente a permanência dele. Sua saída implicará saída de muitos outros, inclusive eu. Ele fará muita falta aqui na Usina e sem ele, seus desafetos (novos e antigos), que escrevem coisas similares, dominarão tudo.



E aí, quem nos protegerá? Chapolim Colorado?



Adelay Bonolo

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