Outrora ástreos,
ora meus olhos são sombras, brumas,
perenes penumbras...
Evos firmamentos senis.
Gota de alma:
Minha lágrima
que em meu reflexo se esvai...
Auroras sem réstias,
onde o brilho, apenas o vulto
de um estranho espírito estulto
de longínquas angústias hostis.
Minha imagem é um nada:
É uma face apagada
que meu espelho contrai.
Lembranças errantes,
memórias distantes
de uma beleza fugaz...
Aluados sentimentos
de lucescentes tempos
que não voltam nunca mais
|