AFINAL É MESMO ASSIM
Já não há Primavera para mim,
Agora sou Outono de cores quentes,
Não tomo como outrora o freio nos dentes,
Nem rasgo o teu vestido de cetim!
Mas a vida, afinal, é mesmo assim,
Diz-me só o que pensas, o que sentes,
Porque amor, nada impede, que não tentes,
Fazer do meu Outono, o teu jardim!
E juntos, sobre as folhas, lado a lado,
Nas curvas do teu corpo, com cuidado,
Tentarei dar um ar de Primavera.
Mostrar-te no jardim, que sou o dono,
Da frescura que tem,... o meu Outono,
Já que o sonho, não é, uma quimera!
Fernando dos Santos
26/6/2001
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