A você, que me esqueceu...
Num descaso doido, pétalas mal-me-quer,
Flutuo amorfo, atemporal, o mundo ao lado.;
E por perder a hora de acordar a fé,
Arrasta-me a vida, depois do chão quebrado.
Soa ao fundo um Floyd apreensivo e pesado.
Ao olhar-me num todo, e eu duvido, até
Que a consciência existe e que hoje é meu fado,
Que sou eu, ali, e não um imbecil qualquer.
Mas, sobretudo, me mantém subjugado
Sentir-me preso a toda razão de mulher,
De ter futuro diferente do passado.
O corte, fundo, lateja com o que vier,
Sangue ou lágrima, cada um despreparado
Para ser o que não era e agora, é...
|