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Artigos-->Educação Fiscal -- 14/08/2004 - 23:20 (Maria Augusta Camargo Schimidt) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Educação Fiscal



O sol já ia embora quando seu Arnaldo fechou a banca. Restaram poucas revistas e somente um jornal para passar a noite ali, pois todo o resto havia sido vendido no longo dia de trabalho.

Conta a lenda que depois da meia noite, todos os seres inanimados ganham vida... e naquela banca não foi diferente.

O relógio da estação, solene, com suas badaladas anuncia a chegada da meia-noite.

A luz de uma estrelinha, muito brilhante e esperta, ilumina a banca do seu Arnaldo a ponto de uma revistinha sem importância conseguir ler a manchete do jornal. E aí foi o começo de tudo.



Contribuinte do Futuro

“É na mente da criança que se pode plantar o Futuro”

(Cecília Lopes da Rocha Bastos”)



- Veja só revista, como nosso amigo jornal é importante! Leu a manchete estampada bem na sua primeira folha?

- Sabe revistinha, tanto nosso amigo jornal quanto eu, revista de grande circulação, temos o dever de informar à população quais são seus deveres e direitos também.

- Ah é ! diz a revistinha. E quais são esses direitos?

- Temos direito à Educação, Segurança, Saúde e Aposentadoria. Só que para isso o povo tem que pagar Tributos.

- Mas e o que é isso? Pergunta a revistinha.

O jornal, esperto e falador, profundo conhecedor do assunto se ajeitou na prateleira e respondeu:

- Tributos são as Taxas, Contribuições e Impostos. Quando o Serviço Público coloca alguma coisa à disposição do cidadão, ele deve pagar as taxas desse serviço. A coleta de lixo, por exemplo, o cidadão só paga a taxa quando o governo coleta o lixo da sua rua ou quando precisa controlar e fiscalizar a reforma de sua casa.

- Quanto às contribuições, revistinha, podem ser de melhorias ou sociais. Quando o governo oferece à população algum tipo de obra que vai beneficiar os cidadãos, ele rateia parte dessas despesas entre todos que foram beneficiados.

- E as sociais? Pergunta a revistinha

- Você já ouviu falar no INSS ?

- I N S S ... Não!

- INSS quer dizer Instituto Nacional de Seguridade Social. Essa contribuição existe para garantir a aposentadoria assistência médica e social de todos os cidadãos.

A revistinha pensou...pensou como se estivesse armazenando em suas páginas toda a informação que o jornal lhe deu.

De repente, virou para a revista e perguntou:

- E você revista, sabe tudo sobre esse assunto também?

A revista, toda cheia de pompa, abriu sua página do meio e mostrou à revistinha o título gravado em letras maiúsculas e em destaque IMPOSTOS e começou a falar:

- Paga Imposto quem tem um sinal de riqueza ou capacidade contributiva.

- E quem tem capacidade de contribuir? Perguntou a revistinha:

- Ora revistinha, quem tem renda, patrimônio, quem consome!

É a Constituição Federal que diz quais são os impostos e quem fica com a arrecadação.

- Hum! Não entendi muito bem, disse a revistinha. Explique isso melhor.

- Preste atenção então. Existem os impostos da União, dos Estados e dos Municípios.

A união repassa parte dos seus impostos para os Estados e para os Municípios.

- E quais são esses impostos?

- Alguns impostos da União são: Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

- Do Estado, revistinha, são: o IPVA que é o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores. Quem paga esse imposto é só quem tem carro. E o principal que é o ICMS que quer dizer Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. E finalmente o cidadão tem os impostos municipais que são o IPTU que quer dizer Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana e o ISS que é o Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza.

- E quem define o valor desses impostos? Perguntou a revistinha.

- Quem define é a LEI que é feita pelos representantes do povo.

- Outro dia eu ouvi um humano dizer que o ICMS está em tudo que se compra. É verdade isso?

O jornal que já estava quase dormindo de tanto ficar calado, entrou na conversa, bocejou com ar displicente e disse:

- É isso mesmo! O comprador da mercadoria é quem paga o ICMS que está incluído no preço e o vendedor ou o prestador de serviço é quem deve repassa-lo ao Estado.

- Mas então esses meninos pobres que vem aqui comprar balas também pagam ICMS?

- Claro! Eles pagam 18% tanto quanto os ricos que consomem nas grandes lojas. Mas no Estado de São Paulo, os hortifrutigranjeiros, por exemplo, são isentos. Já o arroz, o feijão, a farinha de mandioca, o pão pagam só 7% e em compensação os supérfluos como os cigarros, perfumes e cosméticos pagam 25%.

- Nossa, quanta coisa estou aprendendo! Fale mais jornal, parece que você sabe tudo sobre o assunto e eu estou muito interessada em aprender mais.

- Você sabe o que é Produção, revistinha?

- Não, mas se você me explicar vou aprender.

- Produção são os bens gerados pelos trabalhos dos humanos.

Se juntarmos o trabalho dos homens com as matérias primas e com os instrumentos que ajudam a transformar as coisas, temos a produção. O trabalho humano gera a riqueza, então é natural que uma parte dessa riqueza seja revertida para o atendimento das necessidades coletivas tais como a saúde,educação, segurança, transporte, energia, meio ambiente, enfim tudo que é necessário para uma vida saudável em comunidade.

E assim correu a conversa durante toda a madrugada.

Quando o sol voltou a clarear o dia, seu Arnaldo abriu a banca para mais um dia de trabalho. Só que alguma coisa havia mudado ali. No lugar de uma simples e sem importância revistinha, havia agora um belo livreto, repleto de informações importantes sobre Educação Fiscal, prontinho para ser entregue em todas as escolas para aprimorar a consciência dos alunos acerca da necessidade em deter conhecimentos sobre a importância do espaço coletivo, em zelar pelo patrimônio publico e em acompanhar a gestão das contas publicas pelos governantes.



Augusta Schimidt

31/7/2004

20.00hs

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