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Artigos-->Na Onda do "Denuncismo" -- 14/08/2004 - 11:29 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


NA ONDA DO “DENUNCISMO”

(Por Domingos Oliveira Medeiros)





O Presidente da República e diversas autoridades do primeiro e segundo escalões do governo, além de parlamentares filiados ao Partido dos Trabalhadores, não perdem a oportunidade de denunciar a onda de “denuncismo” que, segundo sobreditas autoridades, estariam sendo motivadas por fins político-eleitoreiros.



De outra parte, e só para exemplificar, a Polícia Civil do DF solicitou à Justiça a quebra de sigilo telefônico de Waldomiro Diniz e de Carlos Augusto Ramos (o Carlinhos Cachoeira), empresário do ramo do jogo, entre outros, para subsidiar os trabalhos de investigação em curso naquela corporação.



São três processos investigatórios: o principal deles foi aberto logo após a divulgação de uma fita na qual o senhor Waldomiro aparece cobrando propina de Carlinhos Cachoeira. O outro processo procura esclarecer a participação de Waldomiro na renegociação do contrato entre a Gtech a CEF. E o terceiro, apura esquema de escuta telefônica clandestina, que teria sido detectada no prédio da CEF há três anos.



No rol das denúncias do governo estariam a Polícia Federal - integrante do próprio governo -, o Ministério Público e o Presidente da CPI de BANESTADO, criada com o objetivo de apurar desvios de bilhões de dólares remetidos, de forma ilícita, para o exterior.



Fica difícil, diante dos fatos até aqui arrolados, precisar, com segurança, quem estaria praticando o “denuncismo” com fins político- eleitoreiros.



Não é por outro motivo que a imprensa está, com razão, preocupada com as últimas decisões governamentais, que apontam no sentido da criação do Conselho Federal de Jornalismo, órgão que, na opinião de respeitáveis profissionais do ramo, abre espaços para a “fiscalização”, vale dizer, censura, à .liberdade de expressão, na medida em que pretende estabelecer regras de “controles” para a imprensa, de modo geral.



Como se não bastassem as críticas que têm sido dirigidas ao Poder Judiciário, bem como as ações em curso, no Supremo Tribunal Federal, visando inibir o poder investigatório do Ministério Público, o governo insiste em andar pelo caminho das decisões, no mínimo, equivocadas.



Desarmou a população e pensa, agora, em escancarar as portas das cadeias, colocando em liberdade precoce, pelo regime da progressão, os criminosos considerados de alta periculosidade, praticantes de crimes hediondos. A justificativa do governo: diminuir a superlotação carcerária e abrir “vagas” nos presídios.





Resta saber para quem serão destinadas essas vagas, visto que a grande massa da população já vive em seu próprio cárcere privado. E ninguém entendeu, até agora, o “bom combate” que o governo diz está sendo travado contra a violência, na acepção ampla do termo.



Combate, aliás, que vem sendo assentado na tese do “denuncismo” e da “propaganda enganosa”, únicas armas de que dispõe o governo, e que, ao que tudo indica, não fará parte daquelas que estão sendo recolhidas e destruídas. Infelizmente.



14 de agosto de 2004

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