E a eternicidade pari a efemeridade, quando firmo os meus sonhos em você.
Você!...
Ainda espero te ver chegar, redespertar esse sentimento que adormecido em mim, lateja, chamusca em silêncio a dar guarida a algo que parece acreditar o que tens pra dar.
Ainda estou aqui a te esperar.
Por que faltas?
Não queres me visitar?
Você me nega. E no teu silêncio vejo-me vilipendiado.
Deveras são as vezes que olho em teus olhos e procuro o carinho com quem estou a verbar.; as vezes até sinto as tuas mãos responder, mas como fuga.
Transcedo as horas do absurdo e luto pra não me ridicularizar.
Não pra amar, porque não posso fazê-lo sozinho.;
Não pra alimentar o meu ego de soberba e caminho.;
Não pra desfilar com a mulher bela ou conquista árdua, mas pra aprender, conhecer a verdade de um sentimento que nem sei se algum dia, me fiz conecer.
É verossímil dizer que poderia não ser com você. Contudo, o visgo que me sentenciou não tinha outra célula.
A tua boca maldita.;
O teu sorriso esculto.;
O teu silêncio absorto... Esse teu jeito de fogo, me deixa enlouquecido...
Perdido sem sair do lugar.
Não posso te condenar, talvez a alma não abafe o dito popular.
Não iria macular a tua carne, tão pouco envenenar os teus segundos. Nem queria aliviar as minhas dores. Por certo só queria que você me permitisse tentar.