Uma criança nada sabe sobre argumentos, mas é capaz de contar pelos dedos, isenta, aflitivamente ávida para não se enganar.
Seja franco e calcule mais ou menos: a cada uma das três humanas pérolas caricaturadas, quantos mortos inocentes caberão na consciência. Então, quem é mais assassino? O que actua ou o que encomenda? Esta questão, ao mesmo tempo, é argumento e facto incontornável, infelizmente. Enquanto deveras os sequentes paradigmas não nos afectarem, cuidemos de prevenir que quejandos exemplares não comandem nunca as nossas vidas. E creia, é muitíssimo raro que o argumento encaixe como uma luva no facto: a morte. Não somos nós os mortos, pois: eu escrevi e Você está a ler.
António Torre da Guia |