Anjo da noite que vens atormentar a minha paz de agonias, o queres ?!...
Não sei do amor!
Na verdade eu sou você nessas entrelinhas, que noutra era você está a dizer adeus.
Não me faculte os sentidos,
Não me dissolva os amigos. Já me basta te perder.
Já me basta os meus pecados e a dor dessas horas...
Pois onde a tua boca infantil bebeu, envenenou-se de tristeza.;
Onde o teu colo repousou o prazer ávido da juventude de tuas forças, agora recata-se a solidão.;
Onde, muitas vezes o mundo ousou parar sem permissão e as vozes no escuro, do luxo tiveram a sua versão murmurada, hoje mais parece uma cela abandonada.
Se nós nos amassemos como ontem.;
Se as mãos de tua divindade desatormentassem a minha agonia, por certo que os meus pecados também estaria perdoados.
Precisamos, outra vez ter saudades...
Não devíamos ter deixado que a porta dividisse os nossos mundos em lados.
Ó anjo!...
Anjo dessa noite, que a insanidade de meu impaciente tormento não arraigue o meu amor a um grito perdido ou a um simples lamento.