Tempo de um destino
macerado e roto,
envolto
em rudes trapos
de papel azul e roxo.
Ai, a vida!...
eis que já lhe faço
em seda transformada,
a cor de sua estrela
no arco-íris inspirada,
breve infinito,
linda estrada
em tons de anil.
Posso, amiga,
carregar-lhe na importância,
inda que blefe,
fazer você pensar
que alguém lhe deve,
os sonhos que insinua,
pra depois esmorecer.
Quero, eu mesma,
fabricar meus sonhos
e acolhê-los bem de leve,
frágeis forças
que removem prantos,
e enternecem,
meu coração afoito,
que persegue
ser feliz...