Após ter estado nos lugares onde já estive, submetido, evidentemente, às condicionantes da respectiva situação, à maioria deles não aceitaria jamais voltar, por preço algum, escaldado pela exemplaridade do erro que, inconsciente ou conscientemente, estava cometendo, tantas vezes sob as circunstâncias impostas pela engrenagem social envolvente.
Não aceitaria, por exemplo, fazer parte de uma equipa que, entre um lindíssimo sorriso e comunicação adoçante, considerasse no fundo e realmente na prática as pessoas como gado, explorando-as impiadosamente.
Todavia, dentre a dilecerante umbiguidade, trouxe e guardo recordações de excelso enlevo, às quais, sim, regressaria de braços abertos, emoções simples, singelas e cordatas que me proporcionaram, a troco de nada, os melhores momentos da vida.
António Torre da Guia |
