Cheque-mate no Iraque. E ninguém chega até o outro lado do tabuleiro pra resgatar uma peça forte - seja a rainha, o bispo ou o cavalo.
O cheque-mate dado ao rei (que agora está virando poeta, dizem) sobrou pros peões, pros bispos, pros cavalos e pras torres (de petróleo).
O xadrez iraqueano é uma jogada dura. O vencedor não é o mais inteligente, mas o mais atento.
Vencedor? Será que se pode dizer que haverá vencedor ao final dessas jogadas absurdas? Acho que não dá. Ninguém está atravessando nenhuma metade do tabuleiro pra resgatar uma peça forte - para sempre se perderam.
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Como no poema do Fernando Pessoa, deixa eu voltar pro meu jogo de xadrez, enquanto posso. E não que seja indiferente ao jogo iraqueano-americano. Não o sou. Mas tenho de acabar esta partida. Principalmente porque estou perdendo.