Tenho andado ocupada
Na minha tribulação
Com afazeres de sobra
Por força da profissão
Por isso digo e desato
Respostas de imediato
Ou em forma de canção
Cordelista Daniel,
Tua carta me alegrou
E venho cá no cordel
Pra dizer que aqui estou!
Com didática sincera
Quero traçar nova era
No sonho que se sonhou...
Mudar o nível do leme
E pôr as velas no prumo
Que alterada a direção
Tudo toma novo rumo
Digo àqueles que ofendi
Que dos erros aprendi
E que tudo agora assumo!
Mas... Ser rainha da Usina,
Como disse Airam Ribeiro,
Aqui imito o Domingos:
“O que é isso, companheiro?”
Rainha não fui e nem sou
O amigo exagerou
Isso é coisa de usineiro...
Roberto, amigo lindo,
Chamou-me “Flor de setembro”
E eu feliz fiquei prosa
Se chorei já nem me lembro...
Um abraço desta amiga
Na primavera florida
Que só se acaba em dezembro!
Sales, “doce criatura”,
Se poesia é minha sina,
A tua é então teu destino
E tua amizade é divina!
Minina sou pro Limeira
Pro Egídio sou grosseira,
Aloprada e cretina!
O amigo nem imagina
Tenho muito que fazer
Só não esqueço Georgina
Por ela não merecer
Sempre gostei muito dela
Não é menina de trela
E verseja pra valer...
Deixei no fogo a panela
Pra fazer um macarrão
Mas a água evaporou
Encontrei nela um torrão
Que vão comer mortadela
Com pão, manteiga e vitela
Jantar? Hoje num tem NÃO!
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Acho que vou fazer do cordel uma terapia. É gostoso deixar queimar a panela, pela poesia... *rs* (sério!)