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Poesias-->Fadiga -- 19/02/2002 - 22:18 (Saulo Medeiros Aride) |
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Fadiga
Prazer da vida que se esvai no tempo
Que o vento varre com feroz audácia
Que o corpo sente e chora ao perguntar se a
Lua inda brilha em seu sarcasmo lento
Se o sol castiga os dias a passarem
Se o pêndulo cansado se balança
Se as folhas caem findando a bonança
Se a terra inspira os jovens a cantarem
Canções de amor e de aleluia à vida
Que inda acham curta e rápida demais
Que acaba logo com o que lhes apraz
Que feita foi pra festas a bebida
O vinho é bálsamo para as feridas
Anestesia as dores de existir
Impede a boca de poder sorrir
De proferir as poesias lidas
Na juventude, como desabafo
Lágrima curta na face abatida
Grito de dor pela vida perdida
Sorriso rouco pelo pouco safo
A vida é longa, e o tempo me parece
Espada fina que passa ferindo
Pai do sarcasmo do sol, que, sorrindo
Inda me acorda (mesmo com tal prece).
Saulo Medeiros Aride - 4/1/02
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