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Poesias-->Carta de Separação -- 19/02/2002 - 22:17 (Saulo Medeiros Aride) |
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Carta de Separação
Não acredites no eles vêm dizendo
A ti. Eles não sabem do que falam.
(Até Jesus, na cruz, assim o disse.)
Não sou Cristo, e talvez por isso sofra.
Sofro por mim, amor, que fui forçado
Não sei por quem - talvez por tudo - a esquecer-te
Não sem choro, não sem dor, não sem dizer-te
Que te amei, sim, por mais que aches
Que o amor sem fim que leste em poesia
Exista em nosso mundo, e vês que não.
Sofro por ti, amor, que não entendes
Que a dor, por mais pungente, é só sinal
Que o alívio, de repente, nos faz mal
Que o contato, de tão quente e tão carnal,
Acaba por perder-se em risos curtos
Beijos longos e gemidos ao ouvido.
Mesmo que sofras, eu só quero que compreendas
Que não tens culpa, nem eu mesmo nem ninguém
O peito é louco e só age por sua conta.
Enxuga as lágrimas, talvez mesmo com estes versos
Feitos na dor do fim do amor de tanto tempo
Mas, como rosas, que, vermelhas e cheirosas
Simultâneo, atacam e agradam ao mesmo tempo.
Saulo Medeiros Aride - 7/11/ |
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