A dor de ser todos
[e nada ser]
A dor de ser tudo
Pode ser...
A dor de apenas
Não fazer acontecer
Quando podia.
Pudera,
Era ela, a dor,
A causa da inércia
E a fonte de energia
Que recusava,
Na sarjeta,
Em anestesia,
Nos dias de más companhias
[de mim mesma].
A dor de saber
Do fim sem começo
Do vazio do sozinho
Da frieza do riso gratuito
Nas bocas escancaradas
Da verdade...
Qual?
A que encaixa
A que serve
A que absolve.
Aquela que não se conhece,
Nem o espelho que encara
[Protegido]
O semblante de ninguém.
Lílian Maial |