Zózima Guimarães – Jornal Agora de Divinópolis – 17/07/04
A vitória que vence o mundo é a nossa fé, proclama Jesus. Fé em que? Fé em quem? Paracelso garante que não importa o objeto da fé, mas sua intensidade. E ele se explica melhor: pode ser a fé numa pedra, o que importa é que seja pra valer, sem brincar de ter fé.
Quem se lembra daquela historinha em que um alpinista vinha caindo, caindo. A noite era escura e gélida, ele não conseguia se situar. Ali dependurado, gritou a Deus por socorro:
- Salve-me, Senhor! Salve-me!
Ouviu a voz em seu coração:
- Só poderei salvá-lo, se você confiar totalmente em mim.
Após ouvir o seu sim, a voz orientou para que ele cortasse a corda. Ele não teve coragem. Na manhã seguinte, a equipe de resgate encontrou o corpo dependurado a meio metro do local em que poderia encontrar a salvação. Se tivesse obedecido à voz...
Sobre o recente episódio da hóstia consagrada que teria se transformado em sangue: Seja ou não o corpo de Jesus, se o fiel vai a ele com f é, o milagre acontece. E todo mundo precisa tanto da ajuda dos céus, que acaba tendo fé. Muitos dos católicos mornos deixaram de ser mesmo diante dessa possibilidade.
Já vi gente falando que vai voltar logo ao altar eucarístico. E você se lembra do filme Fé demais cheira mal? O pastor fraudava mil situações nas quais aconteciam “milagres”. Aquilo funcionava tão bem, que começaram a acontecer milagres mesmo. Eis que, diante daquilo de ver a fé do povo, o próprio pastor se encheu de fé, e começou a fazer milagres de verdade.
Tomara que agora a palavra de Jesus seja confirmada na vida dos milhares de divinopolitanos e itaunenses, todos tão necessitados de milagres: “A vitória que vence o mundo é a nossa fé”.