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Artigos-->No Fundo do Aposentado. -- 17/07/2004 - 12:25 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




NO FUNDO DO APOSENTADO

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Vem governo, vai governo

Passa boi passa boiada

Quem espera, sempre alcança

Ensina, assim, o ditado

A inflação aparece

Devagarzinho ela cresce

No fundo do aposentado



Na praça, com o baralho

Vive o pobre coitado

Jogando co’a própria sorte

Pra arrumar um trocado

Pra melhorar sua conta

Pois o vermelho desponta

No fundo do aposentado



Com o título apostou

Tudo seria mudado

Acreditou na promessa

De quem já foi do seu lado

Pois ganhando a oposição

Receberia correção

No fundo, o aposentado



Assim, pela primeira vez

O velho foi premiado

Viu eleito o presidente

No qual havia votado

E ficou muito contente

Esperando mais na frente

No fundo, o aposentado



Água mole em pedra dura

Deixa tudo bem furado

Persistindo na esperança

Aguardou, o velho, sentado

Esperando a correção

Baseada na inflação

No fundo do aposentado



Até que chegou o dia

Depois do tempo esperado

Nove anos sem aumento

Esse foi o resultado

Um por cento o reajuste

O tamanho do embuste

No fundo do aposentado



Nem a desculpa colou

Foi o máximo encontrado

Não havia mais dinheiro

Para aumento melhorado

Assim disse o presidente

Colocando pano quente

No fundo do aposentado



Mas o pior não foi isso

Falta ainda um bocado

Das coisas que querem mudar

Pra piorar nosso lado

Já querem de novo cobrar

E a mão boba enfiar

No fundo do aposentado



Que já deu tudo que tinha

Nada pode ter sobrado

Pagou pelo seu descanso

Mas não vive sossegado

Quando o assunto é Previdência

Vem de pronto a insistência

No fundo do aposentado



Assim não dá, presidente

O senhor tá enganado

É direito adquirido

É assunto encerrado

Cobrar pelo que foi pago

Vai custar muito estrago

No fundo do aposentado



Cliente do Fome Zero

Tem o seu nome listado

No cadastro dos aflitos

E não pode ser garfado

Vai, com certeza, chorar

Se quiserem arrecadar

No fundo do aposentado



A coisa já anda preta

O buraco é apertado

Mas se o governo empurrar

Fica tudo irritado

Muita gente a reclamar

De ver tanta gente enfiar

No fundo do aposentado



Peço um favor presidente

Deixe o velhinho de lado

Não diga que o servidor

É um privilegiado

Que eu chamo a polícia

Privilégio é a vitalícia

Benefício acumulado



Que atinge governador

Sem nada ter colocado

Nos cofres da Previdência

Mas o dinheiro é levado

Basta cumprir um mandato

E todos pagamos o pato

No fundo do aposentado



A história se repete

O processo tá na mão

A sentença em agosto

No Supremo, a decisão

Se não houver conivência

Prevalecer a ciência

Ganharemos a questão



A matéria não prospera

É inconstitucional

Todo jurista concorda

Com’ o Procurador-Geral

A Carta, sendo rasgada

A classe, desrespeitada

O bem perdendo pro mal



Escute, bem, presidente

O governo é passageiro

O Brasil não é o PT

Que só pensa em dinheiro

Pra manter-se no poder

É preciso se eleger

Abra o olho, companheiro!



Tantos anos esperando

Agora que está sentado

No banco do motorista

Dirija com muito cuidado

Procure, com paciência

Os erros da Previdência

Sem culpar o aposentado



Que já deu o seu suor

A sua contribuição

E que merece respeito

Do chefe dessa nação

Que depois de aposentado

Pode vir a ser chamado

O barbeiro de plantão



Atualizado em 16 de julho de 2004



































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