Deserto o quarto está! Entro tenso.
À espera de que lá na porta de entrada,
Aquele sininho toque como sempre penso,
Todas as vezes que ela é esperada.
Mas o sininho não toca. Um frio intenso,
uma inquietação descontrolada.
invadem-me o coração, quase propenso,
a não crer mais que ela chegue à hora marcada.
Um misto de descrença e de saudade,
Faz de cada minuto uma eternidade,
e de toda a espera, uma alegria morta
Mas... de repente, o sininho soa glorioso,
e com um toque sutil e cauteloso,
ela bate finalmente à minha porta!
E o que explode em um instante,
Que se faz todo constante,
Nos fazendo viver aqueles momentos,
Felizes, como se nada importasse,
Para que daí em diante, nós só nos amassemos.
(Paulo Fuentes)
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